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A participação adventista no genocídio em Ruanda

Postado em 18 de agosto de 2021 por Marcio Redondo

Imagem do texto "A participação adventista no genocídio em Ruanda"
Capa do livro que conta a participação adventista no genocídio em Ruanda
RESUMO
  • Em 1994, um pastor e um médico adventistas de Ruanda lideraram a matança de milhares de outros adventistas.
  • O diretor-geral do Hospital Adventista de Mugonero atraiu adventistas de outra etnia para o hospital, onde ali os matou.
  • O pai do médico, um pastor, ignorou pedidos de ajuda e disse que Deus não queria mais aqueles adventistas.
  • A liderança adventista varre a sujeira para baixo do tapete.
  • Mas ainda há adventistas com princípios morais elevados.
  • E há livro, inclusive traduzido para o português, que narra essa triste história.
  • Duas perguntas para reflexão. A segunda: Por que um pastor adventista responderia a pedido de ajuda de outros pastores adventistas dizendo que Deus não precisava mais deles?

A participação adventista no genocídio em Ruanda

Você sabia que em 1994, em Ruanda, na África, um médico adventista e um líder denominacional também adventista encabeçaram a matança de mais de 10 mil outros adventistas, só porque não eram do mesmo grupo étnico? E você já perguntou a si mesmo por que a liderança adventista no Brasil e no mundo não quer que se fale da participação adventista desse genocídio em Ruanda?

É bem possível que você, amigo adventista, esteja chocado com essa informação. Talvez esteja até duvidando. Mas posso lhe garantir que é a mais pura verdade.

A história nua e crua

O dr. Gérard Ntakirutimana nasceu em Ruanda e se formou em medicina nos Estados Unidos. Voltou para seu país, onde se tornou diretor-geral do Hospital Adventista de Mugonero. Gérard faz parte dos hutus, uma das duas principais etnias de Ruanda. A outra etnia são os tutsis.

Os dois grupos viviam em relativa harmonia até chegarem os colonizadores belgas, que incentivaram conflitos entre eles.

Os anos de 1990 a 1994 assistiram a um aumento da hostilidade entre tutsis e hutus. E o que se viu em 1994 foi um banho de sangue. Durante 100 dias os hutus massacraram nada menos que 800.000 tutsis!

Foi nesse período de 100 dias que o dr. Gérard convidou adventistas tutsis a se abrigarem no complexo das instalações adventistas em Mugonero, para se protegerem dos massacres que haviam começado. Cerca de 2 mil tutsis se refugiaram ali naquelas instalações, que abrangiam um hospital, uma escola e uma igreja. Mas em seguida o dr. Gérard impediu que os tutsis saíssem dali.

No dia 15 de abril de 1994, ele anunciou: “Amanhã, sábado, dia 16, exatamente às nove horas da manhã, vocês serão atacados”. Mal conseguindo acreditar no que acabaram de ouvir, sete pastores adventistas tutsis escreveram apressadamente uma carta ao presidente distrital, o pastor Elizaphan, que por acaso era o pai do dr. Gérard. Pediram-lhe que interviesse “da mesma maneira que os judeus foram salvos por Ester”. Elizaphan respondeu curto e grosso: “Vocês têm de ser eliminados. Deus não quer mais vocês”.

Às 9 da manhã de sábado, o dr. Gérard foi até o complexo hospitalar, dirigindo um veículo cheio de milicianos hutus armados. Aldeões hutus que viviam nas proximidades trouxeram seus facões e se juntaram ao ataque. Mataram lenta e metodicamente todos aqueles tutsis que se tinham aglomerado na capela, depois mataram os que estavam na escola e finalmente os que estavam no hospital. Os sete pastores tutsis oraram com seu povo até que eles também foram chacinados.

Que sábado! Bem no horário em que devia estar “cultuando” a Deus, prestava serviço ao diabo.

No início da manhã seguinte, o dr. Gérard conduziu a milícia até à aldeia vizinha de Murambi, onde outros tutsis sobreviventes haviam se refugiado na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mataram todos eles.

A sujeira vai para baixo do tapete

Mas a liderança adventista não quer que os membros de suas igrejas saibam dessa história sórdida. Então, quando mencionam a guerra civil em Ruanda, omitem essa monstruosidade.

A hipocrisia adventista chega a ponto de exaltar um adventista que salvou a vida de centenas de órfãos nessa guerra civil, mas, como é de esperar, nada fala sobre os líderes adventistas ruandenses que traíram seus irmãos adventistas. NOJO! O texto fariseu em questão tem o título “Herói adventista no genocídio de Ruanda compartilha a sua fé falando nas Nações Unidas”.

Outro texto dissimulado é “Renascer de uma nação”. O texto meia-boca até que fala bastante do genocídio, mas esconde o fato de que o diretor-geral do hospital adventista e o pastor-presidente do distrito participaram ativamente do massacre de milhares e milhares de adventistas tutsis.

Para disfarçar a hipocrisia, a Adventist News (a rede informativa oficial dos adventistas) até chegou a noticiar quando o médico açougueiro Gerard e o pastor de demônios Elizaphan foram julgados e condenados pelo Tribunal Penal Internacional: “Rwanda pastor found guilty by U.N. tribunal” [Pastor de Ruanda é condenado por tribunal das Nações Unidas]. Mas a praxe adventista é fornecer o mínimo de detalhes. Nada fala que adventistas tutsis foram atraídos para a igreja, a escola e o hospital adventistas, para serem traiçoeiramente mortos ali.

Se você ainda está custando a acreditar, o jornal Folha de S.Paulo noticiou a condenação do pastor adventista e seu filho médico: “Pastor de Ruanda e filho são condenados por genocídio” (Folha Online, 19 fev. 2003).

É uma história repugnante. E é igualmente repugnante a cara de pau da liderança adventista, que varrendo a verdade para baixo do tapete. A narrativa adventista é sempre uma narrativa de vitórias. Mas é uma narrativa falsa.

Nem todos adventistas são hipócritas

Mas tenho de reconhecer que há adventistas que não participam da hipocrisia da liderança da IASD, mantendo princípios morais elevados, sem tentar tapar o sol com a peneira. É o caso do Congresso Missionários Voluntários, um movimento adventista dissidente (cujo principal líder foi expulso da IASD quase 2 anos atrás). O site do movimento tem um longo e excelente artigo sobre essa tragédia em Ruanda: “O genocício de Ruanda e a liderança adventista”.

Saiba mais

Essa história é contada no livro We wish to inform you that tomorrow we will be killed with our families: stories from Rwanda, escrito por Philip Gourevitch (New York: Farrar Straus & Giroux, 1998). Se você não lê inglês, não é problema. O livro já foi traduzido para nosso idioma: Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias (São Paulo: Companhia de Bolso, 2006). Merece ser lido e divulgado.

A postagem “O genocício de Ruanda e a liderança adventista”, mencionada logo acima, reproduz as páginas 31 a 38 do livro Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias, que detalham as ações dos carniceiros Gérard e Elizaphan.

Embora curta, esta é uma das postagens mais difíceis que já preparei. Enquanto a escrevia, a indignação estava fervilhando. Aliás, ainda fervilha no meu sangue.

Para refletir

  1. Por que um médico adventista mataria milhares de pessoas de outro grupo étnico?
  2. Por que um pastor adventista responderia a pedido de ajuda de outros pastores adventistas dizendo que Deus não precisava mais deles?
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Categoria da postagem: racismo Etiquetas: Ruanda, genocídio, violência

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