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Abortos em hospitais adventistas

Postado em 12 de abril de 2020 por Marcio Redondo

Imagem de bebê não nascido (postagem sobre abortos em hospitais adventistas
RESUMO
  • Um médico adventista sugere aborto a mulher grávida.
  • Adventistas enriqueceram fazendo aborto.
  • Como hospitais adventistas começaram a realizar aborto em 1970 e a razão financeira por trás disso.
  • Neal C. Wilson, que foi presidente mundial dos adventistas, afirmou que “os adventistas tendem a aprovar o aborto”.
  • A chacina em hospitais adventistas durou pelo menos 20 anos.
  • A Igreja Adventista do Sétimo Dia se posicionou só depois de 50 anos.
  • Algumas perguntas inconvenientes para os adventistas. Uma delas: Por que essa realidade foi escondida dos membros das igrejas adventistas?

Atenção: Quando se fala de abortos em hospitais adventistas, alguns talvez pensem que é referência a abortos espontâneos (“miscarriage”, em inglês), mas aqui o caso é de de abortos induzidos (“abortion”, em inglês). E o problema aqui exposto nem mesmo se refere a aborto em casos de gravidez causada por estupro, de feto anencéfalo (criança sem cérebro), etc., mas a abortos realizados porque a mãe, por qualquer outro motivo, simplesmente queria se livrar da criança.1

Médico adventista sugere aborto

Quando minha mulher ficou grávida do nosso filho Seth, decidimos procurar um médico cristão que, assim como nós, cresse firmemente na santidade da vida. Fomos, então, de carro a Takoma Park, Maryland [nos Estados Unidos], até o consultório do dr. _____ , um adventista do sétimo dia. Depois dos exames que confirmaram que ela estava grávida, a primeira pergunta que o médico fez a ela foi: “Você quer a criança ou prefere abortar?” Ela e eu nos olhamos, chocados e sem acreditar no que tínhamos ouvido. Depois viramos para ele dissemos: “Desculpe-nos. Acho que estamos no lugar errado”. Levantamo-nos e saímos dali.2

Ao lerem o depoimento acima, muitos evangélicos, talvez a maioria, fiquem surpresos. É verdade que não aconteceu aqui no Brasil. Mas nem por isso a questão deixa de ser importante. O fato é que durante praticamente cinquenta anos a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia não teve posição oficial sobre o assunto! Nesse meio tempo centenas de milhares de criancinhas foram chacinadas em hospitais adventistas!

Adventistas enriqueceram com aborto

Há adventistas que têm ganhado dinheiro com o aborto. É o caso de

Edward C. Allred [que] fez fortuna sendo dono de uma rede de clínicas de aborto, tendo ele pessoalmente realizado o aborto de centenas de milhares de fetos, e atualmente ganha dinheiro com apostas na Califórnia e Novo México.3

Curiosamente a Universidade Adventista La Sierra, localizada nos Estados Unidos, ao invés de condenar o abortista Edward Allred, preferiu homenageá-lo e, para isso, criou o Edward C. Allred Center for Financial Literacy and Entrepreneurship [Centro Edward C. Allred de Educação Financeira e Empreendedorismo].4

Não se pode negar que esse adventista seja empreendedor. Afinal, quantas pessoas conseguiriam montar 23 clínicas de aborto com uma receita anual total de 70 milhões de dólares e conseguir um lucro pessoal anual de 5 milhões de dólares?

Que empreendedorismo, hein? Ganhar montanhas de dinheiro com aborto e agora lucra com corridas de cavalos em seus dois hipódromos (locais para essas corridas)!

Se você tem uns minutos disponíveis, assista ao vídeo abaixo, que conta a história do carniceiro Allred. A propósito, foi um adventista que postou esse vídeo no Youtube.

Como hospitais adventistas se tornaram abortistas

Mas como é que a religião adventista chegou a esse ponto?

A história começa lá atrás, no início de 1970. Marvin Midkiff, administrador do Castle Memorial Hospital, localizado no estado americano do Havaí, conta o seguinte:

Um homem de destaque na comunidade veio me procurar e disse: “Minha filha de 16 anos se meteu em problema. Está no segundo mês de gravidez, e eu quero que ela faça um aborto aqui no hospital.” … Ele também trouxe o cheque de 25 mil dólares que havia dado anos antes para ajudar na construção do hospital.5

Midkiff informou a denominação e pediu orientação.

“Os adventistas tendem a aprovar o aborto”

A resposta que Midkiff recebeu foi que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não tinha posição oficial a respeito. Um dos líderes que logo reagiu ao assunto foi Neal C. Wilson, que foi presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia no período de 1979 a 1990. Suas palavras foram que a igreja

não sente que tem a responsabilidade de promover leis que legalizem o aborto … ou que o criminalizem. … [O]s adventistas tendem a aprovar o aborto e não a condená-lo. Porque percebemos que somos confrontados pelos grandes problemas da fome e superpopulação, não nos opomos ao planejamento familiar e a esforços apropriados de controle populacional.6

Esse abortista é quem adventistas de todo o mundo votaram em 1980 para ser seu presidente mundial! Que escolha…

20 anos de chacina

Em 1992, mais de vinte anos depois, mas só por causa do clamor de alguns adventistas mais éticos, a religião adventista adotou diretrizes (mas não uma declaração oficial) com orientação sobre o aborto. Como consequência, os hospitais adventistas diminuíram bastante o número de abortos, embora sem interromper totalmente a prática.

Abortos em hospitais adventistas: uma chacina que durou 20 anos (ou 22 para sermos mais exatos). Mas continuou havendo silêncio por quase mais 30 anos, durante os quais médicos carniceiros adventistas continuaram exercendo influência na denominação.

Os estranhos 50 anos de silêncio

Foi em 1970 que, com seu pedido de orientação, Marvin Midkiff deixou claro que a igreja precisava se posicionar sobre o assunto.

Em 1992 a denominação ofereceu diretrizes, mas nenhuma declaração oficial sobre o assunto.

Em 2017 foi formada uma comissão de adventistas de várias áreas — teólogos, médicos, eticistas, etc. — para preparar uma declaração a ser posteriormente submetida para apreciação pela Conferência Geral.7 A comissão levou dois longos anos para concluir que aborto é quebra do sexto mandamento (“não matarás”).

Só em outubro de 2019, isto é, 49 anos depois, a Igreja Adventista do Sétimo Dia adotou uma posição oficial sobre o assunto. Nessa declaração oficial a igreja condena o aborto, mas…

… de acordo com Nic Samojluk (um adventista que há oito anos mantém o blog Advent Life, no qual combate o aborto em sua denominação) essa declaração tem brechas, entre as quais, a possibilidade de aborto de crianças diagnosticadas com síndrome de Down.8 Ou seja, parece que a história ainda não acabou.

É preciso destacar que a denominação adventista propriamente dita não reprovou os abortistas nem pediu perdão pelos abortos em hospitais adventistas terem praticado aborto, pois, é claro não admite que errou. A arrogância não permite. É como se a validade do sexto mandamento tivesse sido suspensa durante esses 50 anos.

Para reflexão

  1. O que essa triste história ensina sobre a influência do dinheiro na alta cúpula adventista?
  2. Por que levou 50 anos para a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia adotar uma posição oficial?
  3. O que teria levado os adventistas a eleger Neal Wilson como presidente mundial, mesmo sabendo que ele era favorável ao aborto?
  4. Por que, na prática, a Igreja Adventista do Sétimo Dia deu mais importância ao quarto mandamento (“lembra-te do dia de sábado”) do que ao sexto (“não matarás”)?
  5. Por que essa realidade foi escondida dos membros das igrejas adventistas?
  6. O que mais pode estar sendo escondido deles?

Atualização (23/08/2022)

A realização de abortos em hospitais adventistas é confirmada pela imprensa. Por exemplo, em 6 de outubro de 1985 o jornal Wahington Post, publicado na capital dos Estados Unidos, noticiou um protesto em frente a dois, sendo um deles o Hospital Adventista de Takoma Park.

Confirmando o que esta postagem mostra sobre a prática adventista, por ocasião do protesto, Reg Burgess, porta-voz desse hospital, declarou que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não condena o aborto.

Para quem lê inglês, a notícia pode ser acessada clicando aqui.

NOTAS
1. Esta é uma questão pouco tratada entre os adventistas. Tem-se a impressão de que a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia intencionalmente ocultou de seus membros a real posição da igreja. Uma abordagem mais detalhada da questão pode ser encontrada em “Abortion in Adventism: why Seventh-Day Adventism promotes choice”, por Colleen Tinker, Proclamation Magazine (summer 2014), disponível em: http://www.lifeassuranceministries.org/proclamation/2014/2/abortioninadvent.html; acesso em: 7 abr. 2020.

2. Essa história, contada pelo pastor evangélico Barry E. Wood, é reproduzida em George B. Gainer, “Abortion: history of Adventist guidelines”. Ministry Magazine, Aug. 1991. Disponível em: https://www.ministrymagazine.org/archive/1991/08/abortion-history-of-adventist-guidelines. Acesso em 26 jan. 2020. Ressalte-se que Ministry Magazine é a revista oficial dos pastores adventistas de língua inglesa.

3. David Read, “La Sierra University’s Edward C. Allred Center honors notorious abortionist”, ADVindicate, 8 jan. 2013. Disponível em https://advindicate.com/articles/2560. Acesso em 26 jan. 2020. O site ADVindicate.com é adventista.

4. https://lasierra.edu/edward-c-allred-center/

5. Gainer, “Abortion: history of Adventist guidelines”.

6. Gainer, “Abortion: history of Adventist guidelines”.

7. “Adventist Church works to clarify its stance on abortion“, Adventist News Network, 29 ago. 2019. (Disponível em https://news.adventist.org/en/all-news/news/go/2019-08-29/adventist-church-works-to-clarify-its-stance-on-abortion/; acesso em: 26 jan. 2020).

8. Veja, por exemplo, a recente postagem (22/12/2019) “The 1019 [sic] Adventist Abortion Statement Under the Microscope”. Disponível em https://adventlife.wordpress.com/2019/12/22/the-1019-adventist-abortion-statement-under-the-microscope/. Acesso em 27 jan. 2020.
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Categoria da postagem: aborto Etiquetas: aborto, problemas éticos

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