RESUMO |
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Sábado, mandamento impossível de guardar
Será que Deus daria um mandamento que fosse impossível de guardar? Os adventistas do sétimo dia insistem: o quarto dos Dez Mandamentos — aquele que ordena a guarda do sábado — é universal e de obediência obrigatória até pelos não judeus. Mas, conforme mostrarei a seguir, o sábado é — ou, pelo menos, foi por muito tempo — um mandamento impossível de guardar.
É verdade que nós, seres humanos, somos incapazes de obedecer perfeitamente a Deus. O próprio apóstolo Paulo reconheceu isso, quando afirmou: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7.19). Mas será que Deus daria um mandamento que pessoas não teriam condições de obedecer, mesmo que quisessem?
O argumento esquimó — 1ª parte
Meu argumento é muito simples. Vou chamá-lo de argumento esquimó, em homenagem a esses habitantes de algumas das regiões mais geladas do planeta.
E o que os esquimós têm com isso? TUDO! Eles moram em terras próximas do polo norte, em lugares onde o sol não nasce durante alguns meses do ano e não se põe durante alguns outros meses!
Só para você ter uma ideia, vou dar o exemplo da cidade de Utqiagvik, no estado norte-americano do Alasca. Pois ali em Utqiagvik, durante o verão, o último dia com pôr de sol é 11/12 de maio. A partir desse dia serão cerca de 82 dias de sol direto. Nesses 82 dias o sol não se põe. É o fenômeno conhecido como “sol da meia-noite”.1 O sol só volta a se pôr em 31 de julho ou 1º de agosto.
Nessa mesma cidade, no inverno ocorre o oposto, a noite polar. O sol se põe pela última vez em 18/19 de novembro e só torna a aparecer em 22/23 de janeiro. São cerca de outros 65 dias sem pôr de sol. Ou seja, todos os anos são 147 dias, praticamente 5 meses, em que as pessoas não veem o sol se pôr!2
A opinião da Ellen White
Quando confrontada com o fato de esquimós ficarem 5 meses sem pôr de sol e, dessa maneira, não terem como saber o momento do início e do fim do sábado, a Ellen White se saiu com a seguinte frase:
“Deus tem um mundo suficientemente grande, apropriado e certo no qual os seres humanos, que ele criou, devem habitar, sem procurar residência naquelas terras que, de muitíssimas maneiras, são tão questionáveis”.3