RESUMO |
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Este texto é basicamente uma tradução e adaptação do artigo “What is a cult?” [O que é uma seita?], de autoria de Clete Hux. Apenas o item “Afinal, o adventismo é ou não é uma seita?” é de exclusiva autoria de Marcio Redondo. E — não custa dizer — embora as ideias principais sejam de Clete Hux, o texto final é de responsabilidade de Marcio Redondo. 1 |
O adventismo do sétimo dia é uma seita?
Os adventistas se sentem bastante incomodados quando evangélicos afirmam que a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) é uma seita. Acredito que bem poucas pessoas gostem desse rótulo. É uma palavra que incomoda. Se a Igreja Adventista não é nada disso, então os evangélicos estão errados em chamá-la assim. Então, é preciso esclarecer a questão, e é por isso que fazemos a pergunta: “o adventismo do sétimo dia é ou não uma seita?”
Para entender o assunto e conferir se o adventismo é mesmo uma seita, precisamos fazer duas coisas: 1) definir o que são seitas; e 2) identificar quais são as características desses movimentos.
Definindo “seita”
No que você pensa quando ouve a palavra “seita”?
Para muitos, essa palavra evoca imagens de Jim Jones e da cidade de Jonestown, na Guiana, onde cerca de 900 pessoas do Templo do Povo, seguiram cegamente as instruções do líder Jim Jones e cometeram suicídio ingerindo veneno.2
Ou podemos pensar no confrontro fatal que David Koresh e seu Ramo Davidiano tiveram com policiais federais no Texas. O Ramo Davidiano, uma dissidência da Igreja Adventista do Sétimo Dia, deixou de existir nesse confrontro, quando mais de 70 pessoas morreram.
Ou tem a história menos conhecida do Movimento pela Restauração dos Dez Mandamentos de Deus, uma seita que surgiu em Uganda na década de 1980. O líder, Dominic Kataribabo, pôs fogo na igreja, matando mais de 500 pessoas, além de ter assassinado pelo menos outras 200.
Por outro lado, algumas pessoas fazem uma ideia mais pessimista do que são as seitas. Para essas pessoas, seita é “qualquer igrejinha que você vê aí por perto”.
Então, como vamos definir “seita”? Na realidade, existem quatro definições diferentes que precisamos considerar: a definição comum do dicionário e as definições sociológica, psicológica e teológica.
A palavra “seita” nos dicionários
De acordo com o Dicionário Houaiss, seita é a “doutrina ou sistema que se afasta da crença ou opinião geral”.3 O Dicionário Aurélio traz uma definição parecida: seita é a “doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos”.4 O Dicionário Priberam apresenta duas definições relevantes: “1. Opinião, seguida por um grupo numeroso, que se destaca de um corpo de doutrina principal. 2. Grupo que segue uma doutrina que deriva ou diverge de uma religião.”5
Fica claro que as definições acima não nos ajudam. São muito genéricas. Não é o que procuramos.
As seitas segundo a sociologia
A maioria dos sociólogos tende a considerar que seita é um grupo bem pequeno em número de adeptos e relativamente novo na sociedade. O teólogo alemão Ernst Troeltsch (1865-1923) usou o termo “seita” em sua obra The social teaching of the Christian churches [O ensino social das igrejas cristãs] para descrever qualquer grupo de orientação religiosa que não se enquadrasse na igreja tradicional.6
Ainda assim, conseguir que os sociólogos concordem sobre uma definição comum não é tarefa fácil. Além disso, há um movimento até entre alguns apologistas cristãos para abandonar a palavra “seita”, talvez seguindo o exemplo dos sociólogos, que trocaram o termo por outros menos ofensivos, tais como “novos movimentos religiosos”, “grupos alternativos” ou “grupos à margem da sociedade”. Para o sociólogo, quanto menor o juízo de valor que se faça das crenças de um grupo, melhor.
Richard Abanes, um especialista em confrontar as seitas, salienta que as práticas e comportamentos de qualquer grupo que se afastam das normas culturais ao redor chamam a atenção dos sociólogos como uma espécie de “bandeira vermelha”.7
Ele cita as palavras de John Saliba:
“Os sociólogos se concentram na existência dessas novas entidades religiosas como subculturas ou unidades marginais que estão em conflito com a sociedade em geral. Eles examinam as maneiras de formação e manutenção das diversas instituições e organizações religiosas; as dinâmicas internas que as tornam entidades sociais viáveis; suas estruturas econômicas, sociais e políticas; o tipo de liderança carismática que proporciona legitimação divina para as crenças e práticas dos movimentos; e os níveis e tipos de compromisso exigidos de seus devotos.”8
As seitas no entendimento da psicologia
Infelizmente a perspectiva sociológica não nos ajuda a entender a natureza destrutiva das seitas, mas a terceira perspectiva, a psicológica, é bastante útil.
Do ponto de vista da psicologia, qualquer comportamento de grupo que seja prejudicial a alguém seria considerado seita. Essa é uma área em que a igreja evangélica precisa ser instruída. Como ao longo da história a igreja tem, na maioria das vezes, definido seita do ponto de vista doutrinário, ela tende a negligenciar esse componente do sectarismo. Muitas pessoas têm abandonado seitas e tentado se entrosar na sociedade e/ou na igreja, mas têm dificuldade em fazê-lo devido à bagagem emocional e psicológica que carregam por causa de sua experiência na seita.
Existem alguns livros escritos por autores evangélicos que procuram ajudar os cristãos a entender a mentalidade dos membros de seitas e os efeitos do controle mental sobre esses membros. Infelizmente essas obras estão todas em inglês.9
Os termos mais comuns ou populares que refletem a maneira que a psicologia vê as seitas são “controle destrutivo da mente”, “reforma do pensamento”, “influência indevida”, “manipulação enganosa” e “lavagem cerebral”. Além disso, o sistema legal reconhece a responsabilidade civil pelos abusos dos direitos humanos por influência indevida, coação, fraude e influência social.10
Assim, o modelo psicológico do sectarismo consiste em certos métodos que podem ser utilizados por indivíduos (líderes de seita) ou grupos para incorporar pessoas enganosamente na seita e que produzem uma medida significativa de controle sobre elas. Grupos que praticam esse tipo de engano podem ser religiosos ou seculares. Existem seitas religiosas, certos grupos de psicoterapia, certos grupos de marketing multinível, seitas políticas, etc., que se enquadram nessa definição psicológica.
Alguns métodos de manipulação psicológica usados pelas seitas
Os meios mais comuns de influência indevida ou de mudança não ética do pensamento são:
- autoridade inquestionável do líder, com pouca ou nenhuma responsabilização por seus atos;
- isolamento do membro, seja isolamento físico seja por meio do controle do tempo, das atividades e até do vocabulário da pessoa;
- manipulação e controle dos pensamentos e ações mediante o medo e a culpa e um sistema fechado de pensamento aparentemente coerente; e
- controle da informação mediante limitação do contato com os detratores.
Esses métodos manipulativos produzem uma série de efeitos psicológicos destrutivos que dependem do número de dinâmicas ou métodos que o grupo emprega, do grau de intensidade desses métodos e dos diferentes níveis de vulnerabilidade das pessoas submetidas a eles.
Mais alguns métodos de manipulação psicológica usados pelas seitas
Robert J. Lifton, um psiquiatra secular, realizou estudos pioneiros sobre as técnicas de lavagem cerebral utilizadas em prisioneiros americanos durante a Guerra da Coreia. O seu estudo acrescenta mais alguns métodos que esses grupos utilizam:
- exigência de pureza especial: em que qualquer comportamento ou costume que não esteja em conformidade com o padrão do grupo é considerado absolutamente maligno;
- obsessão com a confissão pessoal: cada erro conhecido, tanto passado quanto presente, tem de ser exposto e acompanhado de recompensas e punições;
- supremacia da seita sobre as pessoas: os objetivos e ideias da seita estão sempre acima de qualquer pensamento ou questionamento, quer individuais quer contrários;
- autoridade sobre a existência: apenas o grupo é o objetivo final, que apenas o grupo tem direitos divinamente sancionados e que todos aqueles que são de fora não têm nenhum valor ou direito.11
Os efeitos da manipulação psicológica pelas seitas
Há bastante tempo pesquisadores seculares de seitas vêm identificando e quantificando a relação de causa e efeito entre o controle da mente e os danos psicológicos. Por exemplo, Philip Zimbardo, que é professor da Universidade de Stanford e em 2002 foi presidente da Associação Americana de Psicologia, publicou numerosos estudos que demonstram os efeitos impressionantes e prejudiciais da persuasão enganosa. Ele escreve:
“Quando situações manipuladas exercem seu poder sobre as predisposições individuais, a maioria das pessoas ‘normais, medianas e inteligentes’ pode ser levada a se envolver em ações imorais, ilegais, irracionais, agressivas e autodestrutivas que são contrárias a seus valores ou à sua personalidade.”12
Flavil Yeakley, pesquisador e professor da Universidade Cristã de Abilene, no estado do Texas, realizou um importante estudo no qual traçou o perfil psicológico de membros de seitas cristãs e não cristãs e de igrejas tradicionais. Os resultados de sua pesquisa demonstraram um elevado nível de mudanças de personalidade pouco saudáveis e não naturais entre os membros de seitas em comparação com os membros das principais igrejas convencionais. As mudanças nos membros das seitas mostraram uma forte tendência de passarem passarem a ter o tipo de personalidade específica que era normativa dentro da respectiva seita.13
A Bíblia e a perspectiva psicológica sobre as seitas
A terminologia usada na Bíblia para indicar a influência indevida de falsos mestres ou líderes é “engano”, “tornar-se cativo” e “exploração”. O Novo Testamento faz numerosas advertências a esse respeito. Em Atos 13.10, encontramos Elimas, um falso profeta acusado de usar de engano e fraude para atrair pessoas para longe da fé:
“Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor?”
Efésios 4.14 adverte que pessoas usam artimanhas, astúcia e esquemas enganosos para atrair seguidores:
“…para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.”
O texto de 2Pedro 2.3 adverte contra falsos líderes que irão explorar com palavras falsas e persuasivas:
“…também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.”
Colossenses 2.8 nos exorta a tomar cuidado para que ninguém nos torne cativos com ideias enganosas e vazias:
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.”
E 2Timóteo 3.13 aponta para o processo de engano dentro da mente de líderes perversos e impostores enganam:
“Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.”
A insuficiência da definição psicológica
As três definições acima — do dicionário, da sociologia e da psicologia — são todas elas esclarecedoras em alguns contextos, em especial as sacadas da definição psicológica. Mas nenhuma dessas definições é, por si só, adequada. Precisamos também de uma definição teológica que seja baseada na Bíblia e nos mostre a perspectiva de Deus sobre a natureza das seitas. Examinar essa questão do ponto de vista teológico tem implicações eternas, não só para “confirmar a nossa vocação e eleição” (2Pedro 1.10), mas também para levar a sério nosso chamado de levar o evangelho ao reino das seitas.
“Seita” de acordo com a teologia
Quando usado no contexto teológico, o termo “seita” se refere a um grupo de pessoas que estão centradas em torno da interpretação seriamente errada da Bíblia por parte de determinada pessoa. No caso dos mórmons, essas pessoas foram Joseph Smith, o fundador; em seguida, Brigham Young, o segundo líder; e Gordon B. Hinckley, o atual líder da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. No caso das testemunhas de jeová, foram Charles Russell, Joseph Rutherford e, agora, a organização Torre de Vigia, sedidada na cidade de Brooklyn, estado de Nova York.
Sinônimos de “seita” na Bíblia
Na verdade, não é possível encontrar a palavra “seita” na Bíblia. Mas é possível encontrar palavras equivalentes. Palavras como “heresia”, “herege”, “falsos profetas” e “falsos mestres” são mencionadas com bastante frequência. Essas palavras deveriam chamar nossa atenção da mesma maneira como as advertências do Ministério da Saúde nos maços de cigarros. Parafraseando, a Bíblia grita várias vezes para nós: “ADVERTÊNCIA: seguir os ensinamentos dessa pessoa pode ser perigoso para sua saúde espiritual!“
Advertência do Velho Testamento contra as seitas
A advertência na Escritura sobre falsos profetas é clara:
“1Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, 2e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, 3não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma.
4Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis. 5Esse profeta ou sonhador será morto, pois pregou rebeldia contra o SENHOR, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que vos ordenou o SENHOR, vosso Deus, para andardes nele. Assim, eliminarás o mal do meio de ti.” (Deuteronômio 13.1-5)
Advertência do Novo Testamento contra as seitas
No Novo Testamento, Pedro também denunciou falsos mestres que tinham infectado a igreja visível:
“1Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; 3 também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.” (2Pedro 2.1-3).
O essencial: o Jesus verdadeiro e o evangelho verdadeiro
De acordo com a Bíblia, Deus quer que saibamos a diferença entre o “espírito da verdade e espírito do erro” (1João 4.6). Há muitas coisas não essenciais que são mencionadas nas Escrituras, mas muitas vezes as Escrituras falam de doutrinas essenciais para a salvação. Essas doutrinas sempre dizem respeito, de alguma maneira, à pessoa e obra de Cristo e ao evangelho. Nada é mais essencial para nossa justificação e salvação do que ter o Jesus verdadeiro e o evangelho verdadeiro.
Na época do apóstolo João houve um herege chamado Cerinto que ensinava que, quando Jesus foi pendurado na cruz, o Espírito Santo foi embora dele — basicamente deixando apenas um homem na cruz que morreu apenas pelos próprios pecados. Para esse antigo herege e para muitos outras pessoas, inclusive de hoje, Jesus não foi o theoanthropos (o deus-homem), mas apenas um mero mortal.14 João também falou a respeito daqueles que negam “que Jesus Cristo veio em carne” (1João 4.3), os quais declaram que Jesus era divino, mas não verdadeiramente humano.
Quando o apóstolo Paulo escreveu às igrejas da Galácia sobre o falso evangelho dos judaizantes que misturava obras com fé, ele teve de dizer o seguinte:
“6Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, 7o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. 8Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. 9Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.” (Gálatas 1.6-9)
E, quando os coríntios toleraram falsos mestres, Paulo, usando de ironia, os acusou de permitirem que tanto um “outro Jesus” quanto um “evangelho diferente” fossem pregados no meio deles:
“3Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. 3Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.” (2Coríntios 11.3-4)
Assim, no âmago da fé cristã está o ensinamento de que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem e de que a salvação é somente pela graça por meio apenas da fé apenas em Cristo. Essa é a visão correta sobre Jesus e a visão correta sobre o evangelho. Ao compreender que Jesus é Deus em carne (João 1.14) e ao se apegar ao evangelho da graça, a pessoa tem um bom fundamento para discernir o espírito da verdade do espírito do erro. Pois as seitas sempre se afastam de uma ou das duas dessas doutrinas.
Os ensinos típicos de uma seita
Depois de examinar e ficar claro o que é uma seita, vamos identificar seus ensinos típicos, isto é, suas características teológicas.
Falso Cristo
Conforme vimos acima, as seitas promovem um falso Cristo. Elas tem um Jesus diferente, geralmente negando a sua divindade. Por exemplo, o Jesus dos mórmons é “filho espiritual” de Elohim (Deus), fruto de uma relação sexual, da qual também nasceu seu irmão espiritual Lúcifer, num misterioso planeta chamado Colobe. Esse Jesus se esforçou para se tornar um deus. Já o Jesus da Torre de Vigia é o arcanjo Miguel, o primeiro ser criado por Jeová Deus.
Falsa salvação
As seitas também ensinam uma falsa salvação, de uma maneira ou de outra acrescentando obras à graça. A Igreja Mórmon ensina que a ressurreição de Jesus proporciona salvação geral (isto é, ressurreição) a todas as pessoas, mas a vida eterna só pode ser alcançada pelo esforço (obras do templo) de cada pessoa, enquanto ela procura ascender à “divindade”.15 As testemunhas de Jeová dirão que são salvas pela bondade imerecida da parte de Jeová, mas insistem em que ser poupado da destruição no Armagedom depende de “receber entendimento” e testemunhar de porta em porta. Os grupos da Nova Era confiam também nas próprias obras, esperando que, por meio de uma sequência interminável de carma e reencarnação, a salvação será alcançada.
Falsas escrituras
Embora os erros acima mencionados sejam os mais sérios, os grupos sectários têm outras características problemáticas que é preciso assinalar. Em primeiro lugar, muitos grupos têm falsas escrituras. Embora alguns possam declarar a autoridade da Bíblia, todos aceitarão outros livros ou ensinamentos de autoria de um ou mais líderes. Esses livros e ensinamentos são considerados “inspirados” e aceitos como a verdadeira autoridade. Se a Bíblia contradiz a doutrina do grupo, a Bíblia é ignorada ou reinterpretada (distorcida) para se adaptar ao sistema da seita.
Por exemplo, a Igreja Mórmon aceita a Bíblia como parte das obras de revelação juntamente com o Livro de mórmon, Doutrina e convênios e Pérola de grande valor. Mas, para eles, a Bíblia só tem autoridade na medida em que está traduzida corretamente — e nunca está traduzida corretamente quando entra em conflito com a doutrina mórmon! Quando as testemunhas de jeová batem na porta de alguém, é comum levarem alguma tradução conhecida da Bíblia, mas na prática essas traduções foram substituídas pela sua Tradução do Novo Mundo. Além disso, elas têm as revistas Sentinela e Despertai e também o livro Raciocínios à base das Escrituras, que fornecem interpretações “oficiais” da Bíblia.
Falsa autoridade
Em seguida, uma falsa autoridade é algo comum às seitas. Para a maioria delas, isso envolve ter alguém que passa a imagem de autoridade e exerce controle autoritário sobre os membros. Há muitos exemplos, tais como Jim Jones (do Templo do Povo), o reverendo Moon (da Igreja da Unificação), a Sociedade Torre de Vigia (das testemunhas de jeová) e David Koresh (do Ramo Davidiano). Com essa mentalidade, um seita praticamente não tolera aquele pensamento independente que vai além dos ensinamentos expressos dos líderes. Se um membro critica os líderes, ele é ostracizado ou, então, é desassociado/expulso.
Exclusivismo excessivo
Em último lugar, uma característica comum desse estilo autoritário de liderança é um exclusivismo excessivo. Ou seja, as seitas têm uma atitude elitista de que só eles têm a verdade e de que o seu grupo é a “única verdadeira igreja”. A igreja mórmon acredita que eles têm o “evangelho restaurado”, que só eles podem levar alguém à salvação e que outros grupos cristãos são apóstatas. As testemunhas de jeová acreditam que a Torre de Vigia é o único canal verdadeiro por meio do qual Jeová comunica sua mensagem.
Quais são, então, as características de uma seita?
De acordo com os métodos manipulativos identificados pela psicologia e os ensinos típicos identificados pela teologia, podemos dizer que uma seita costuma ter as seguintes características:
- autoridade inquestionável do líder da seita: sua vida e ensinos não podem ser confrontados;
- isolamento do membro: o membro é levado a afastar-se de outras pessoas que não sejam da seita;
- manipulação e controle dos pensamentos e ações: um sistema de medo e culpa, baseado nos ensinos aparentemente lógicos da seita, leva os membros a se comportarem da maneira desejada;
- controle da informação mediante limitação de contato com detratores: a seita cria mecanismos para impedir os membros de terem acesso a informações contrárias e/ou diferentes;
- exigência de pureza especial: a seita estabelece o que é puro — as ideias, sentimentos e ações condizentes com os ensinos da seita — e o que é impuro e cobra essa pureza dos membros;
- obsessão com a confissão pessoal: o membro é praticamente forçado a admitir cada erro cometido;
- supremacia da seita sobre as pessoas: os membros são desestimulados de refletir criticamente sobre os objetivos e ideias da seita, os quais não podem ser questionados;
- autoridade de vida e morte: a seita estabelece quem tem direito à existência e quem não tem;
- falso Cristo: crença em um Jesus diferente;
- falsa salvação: crença em uma salvação diferente;
- falsas escrituras: crença em outros textos inspirados além da Bíblia;
- falsa autoridade: crença em autoridade humana que representa Deus na Terra; e
- exclusivismo excessivo: crença de que a seita é o único grupo religioso que obedece totalmente a Deus.
Afinal, o adventismo é ou não uma seita?
Com base nas 13 características apresentadas logo acima, vamos examinar a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
- autoridade inquestionável do líder da seita: Ellen White é, na prática, a líder da IASD. A igreja não mede esforços para defender a reputação da Ellen. Ela é mencionada até mesmo nas Crenças Fundamentais, que são a confissão de fé dos adventistas. Mas é inegável que problemas de profecias não cumpridas, plágio, erros de história, contradições e hipocrisia comprometem a autoridade da Ellen.
- isolamento do membro: ao contrário do que acontece em igrejas evangélicas, a IASD cria mecanismos para os membros terem pouco ou nenhum contato com pessoas que não pertencem à igreja. Membros de diferentes igrejas evangélicas participam de inúmeras organizações interdenominacionais, como é o caso de Jovens com uma Missão (JOCUM), Mocidade para Cristo (MPC), Aliança Pró-Evangelização de Crianças (APEC), Palavra da Vida, Asas de Socorro, Missão do Céu, Missão Novas Tribos (MNT), Missão Evangélica da Amazônia (MEVA), Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, Aliança Bíblica Universitária (ABU), Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), Seminário Betel, Associação dos Seminários Teológicos Evangélicos (ASTE), Associação para a Educação Teológica na América Latina (AETAL), Edições Vida Nova (EVN), Editora Mundo Cristão (MC), Editora Carisma, Radio Transmundial (RTM), HCJB, Visão Mundial e, literalmente, centenas de outras. E é comum pessoas de qualquer igreja evangélica irem estudar teologia no seminário ou faculdade teológica de outra denominação.
- manipulação e controle dos pensamentos e ações: a IASD usa a culpa por pecar contra Deus e o medo de perder a salvação para forçar as pessoas a não trabalhar no sábado, a participar dos cultos e da escola sabatina, a se vestir de certas maneiras, a seguir certas dietas alimentares, etc. A verdadeira graça liberta do medo e da culpa.
- controle da informação mediante limitação de contato com detratores: a IASD incentiva os membros a não terem contato com ex-membros, embora hoje em dia, com a existência da internet, seja impossível à igreja controlar o acesso dos membros a informações contrárias. Para esse controle da informação também é usada a editora Casa Publicadora Brasileira, de modo que os membros das igrejas são desestimulados de ir a livrarias evangélicas, onde encontrariam livros com ensinos diferentes e até livros que denunciam os erros da IASD.
- exigência de pureza especial: a IASD prega um ideal de pureza — aceitação irrestrita das crenças fundamentais, guarda do sábado, abstinência de certos alimentos, não uso de joias e bijuterias, etc. — e considera procedente do Maligno todo comportamento e costume que não se conforme com esse ideal. Esses são marcadores que distinguem essa igreja.
- obsessão com a confissão pessoal: os membros da IASD são exortados a constantemente se examinar para ter certeza de que não deixaram de confessar nenhum pecado; pecados graves que se tornam públicos levam à desassociação e a eventual rebatismo, caso a pessoa queira voltar a ser membro da IASD. O rebatismo é uma prática desconhecida nas igrejas evangélicas. Em algumas igrejas evangélicas que batizam por imersão é possível um novo batismo. Nessas igrejas a sequência é primeiro o arrependimento e novo nascimento (também chamados de conversão); só, então, a pessoa é batizada. E a igreja admite um novo batismo quando a pessoa chega à conclusão de que havia sido batizada, mas sem nunca ter sido convertida, sem nunca ter passado pelo novo nascimento. Em nenhum outro caso uma igreja evangélica rebatiza.
- supremacia da seita sobre as pessoas: inúmeros pastores, teólogos, professores e líderes adventistas que, como resultado de seus estudos da Bíblia, ousaram refletir criticamente sobre alguma doutrina importante foram demitidos de seu cargo ou função ou até mesmo desassociados (expulsos) da IASD. Alguns adotaram uma posição claramente evangélica; outros questionaram mudanças na teologia adventista ocorridas nos últimos 100 anos; outros ainda não se curvaram às imposições da Associação Geral. Mas o que se vê é que em todos esses casos de demissão ou desassociação a IASD não admite nenhuma voz discordante ou questionadora. Foi o caso do australiano Desmond Ford, do americano Walter T. Rea e do brasileiro Daniel Silveira.
- autoridade de vida e morte: a IASD ensina que quem deixa a igreja perde a salvação, em outras palavras, a IASD sente-se no direito de determinar a existência futura da pessoa, dizendo quem vai e quem não vai ser salvo.
- falso Cristo: o Jesus adventista é diferente do Jesus da Bíblia.16
- O Jesus adventista é um Jesus falível que poderia ter pecado, que herdou as propensões genéticas de Maria ao pecado. Embora não tenha pecado, ele poderia ter falhado em sua missão e, com isso, teria fendido a divindade e mergulhado o cosmos no caos.
- Além disso, o Jesus adventista renunciou para sempre ao atributo da onipresença, uma perda que o tornaria alguém que não era totalmente Deus, alguém que não era da mesma substância do Pai. Aliás, ao contrário das igrejas evangélicas, o adventismo não acredita que a Trindade seja uma só em substância; a “trindade” adventista é na realidade um triteísmo, aquilo que a Ellen White costumava chamar de”trio celestial”, e não a clássica Trindade cristã. Esse Jesus diminuído, não plenamente o Deus Todo-Poderoso, é um rescaldo das origens arianas do adventismo.
- Essa compreensão antibíblica do Senhor Jesus muda a forma de o adventismo entender o “pecado”. Em vez de ser um problema espiritual que separa literalmente o nosso espírito da vida de Deus, e uma vez que o adventismo ensina que Jesus não tinha nenhuma vantagem que nós não tenhamos, que ele era exatamente como nós somos, isso significa que o Jesus homem teve de evitar o pecado por meio da oração e da dependência do Espírito Santo e que ele nos demonstrou que também nós podemos evitar o pecado exatamente da maneira que ele evitou. Mas esse ensino é falso. Sem nascer de novo, nenhum ser humano é capaz de evitar o pecado por meio da oração. Sem que os nossos espíritos sejam trazidos à vida, não há maneira possível de alguém poder vencer ou evitar o pecado. Jesus não teve de nascer de novo; ele esteve espiritualmente vivo desde o momento em que foi concebido pelo Espírito Santo. Ele foi o único humano que chegou a nascer espiritualmente vivo. Jesus era sem pecado porque ele estava vivo. Ele evitou o pecado porque era sem pecado; ele não era sem pecado porque evitou o pecado.
- falsa salvação: a salvação adventista é uma salvação diferente, em outras palavras, o evangelho adventista é outro evangelho.
- O adventismo não acredita simplesmente que os seres humanos são justificados apenas por terem fé no Senhor Jesus e em sua obra completa na cruz.
- Os adventistas acreditam que podem perder a sua salvação se abandonarem a guarda do Sábado.
- O adventismo ensina que o sangue de Jesus transfere os pecados confessados para o santuário celeste, motivo pelo qual eles “profanam o céu” até que Jesus termine o juízo investigativo ali.
- Mas ainda mais crítico e básico é que os adventistas acreditam que Satanás, e não Jesus, é o bode expiatório que leva embora os pecados dos salvos para o lago de fogo. No final do “ministério celeste” de Jesus, os pecados dos salvos serão colocados sobre Satanás, os pecados dos não salvos retornarão para os não salvos, e o céu será purificado, enquanto Satanás os leva embora e é castigado. Essa crença é uma blasfêmia total. O Senhor Jesus já levou os pecados dos salvos na cruz. Satanás nunca jamais leva os pecados dos salvos. Ele não purifica o céu ao transportar o mal para longe da presença de Deus. Jesus é aquele que se tornou pecado por nós para que nele nós nos tornássemos a justiça de Deus.
- falsas escrituras: alguns dos escritos de Ellen White são, na prática, considerados tão inspirados quanto a Bíblia, chegando a ter, na prática, autoridade maior do que a Bíblia.
- Nenhum pastor prega um sermão e nenhum teólogo adventista dá uma aula ou autor escreve um livro, sem consultar e citar o “espírito de profecia”, que é a maneira como se referem à Ellen.
- O Tratado de teologia adventista do sétimo dia, uma das mais importantes obras teológicas adventistas, tem 28 capítulos. Em nenhum dos capítulos é suficiente citar a Bíblia para fundamentar as doutrinas; em todos é preciso citar Ellen White.
- Ellen White é onipresente nos sermões, aulas, livros, revistas e programas de rádio e televisão dos adventistas.
- falsa autoridade: nesse sentido a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a mais parecida com a Igreja Católica porque as duas reivindicam autoridade absoluta.
- As duas igrejas têm uma estrutura hierárquica muito parecida. A Associação Geral da IASD é considerada a voz de Deus, tendo uma autoridade absoluta que não é bíblica.
- Em contraste com isso, nenhuma igreja evangélica, nem mesmo as de governo episcopal (por exemplo, Igreja Anglicana, Igreja Metodista), tem essa estrutura hierárquica extremamente verticalizada.
- exclusivismo excessivo: a IASD se apresenta, na prática, como a igreja perfeita, superior a todas das demais.
- A IASD diz que é a “igreja remanescente”, o único grupo religioso que obedece totalmente a Deus e não tem nenhuma doutrina contrária à Bíblia.
- Esse sentimento de superioridade em relação às outras igrejas também se vê na chamada “pescaria em aquário”, que são aqueles esforços dos adventistas de atrair membros de outras igrejas. As igrejas verdadeiramente evangélicas respeitam as demais igrejas evangélicas e não fazem proselitismo.
- Quando indagados sobre sua religião, os adventistas não se identificam como evangélicos, mas como adventistas. No caso dos evangélicos, é comum não indicarem a própria igreja, mas apenas o fato de que são evangélicos.
- Embora as igrejas evangélicas tenham entre si diferenças de doutrina em questões secundárias, elas reconhecem que o ser humano é pecador e imperfeito por natureza e, por isso, não adotam posição de superioridade em relação às demais igrejas.
Diante de tudo isso, fica claro que o adventismo é uma seita.
Conclusão
Tendo chegado à conclusão de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma seita, nós, evangélicos, precisamos nos lembrar de nossa responsabilidade de alcançar os adventistas com o evangelho. Há muitas pessoas que se perdem como resultado do envolvimento com essa igreja, e os evangélicos precisam levar a sério esse campo missionário.
Sim, devemos “defender a fé que foi de uma vez por todas entregue aos santos” (Judas 1.3), censurando duramente os falsos mestres. Mas também devemos “falar a verdade em amor”. Muitos cristãos não se lembram deste último detalhe, quando se deparam com uma seita. Mas Paulo destaca que
“é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2Timóteo 2.24-26).
Percebendo que, se não houver intervenção da graça de Deus, qualquer um pode ser enredado e ser escravizado por uma seita, quando oramos nossa atitude deve ser sempre: “Senhor, dá-me não apenas uma mente com discernimento, mas também um coração com compaixão, à medida que o Senhor me usar para fazer a diferença!”
Para refletir
- Do ponto de vista psicológico, na sua opinião qual é o principal perigo representado pelas seitas?
- E do ponto de vista bíblico e teológico , na sua opinião qual é o pior erro das seitas?
- Que outros exemplos você pode dar que confirmam que a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem essas 13 características de uma seita?
NOTAS |
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1. Clete Hux, “What is a cult?”, Areopagus Journal, vol. 2, nº 3 (July 2002), p. 20-29. 2. Informações sobre Jim Jones e os próximos dois casos são encontradas no artigo “Conheça a história de 5 seitas bizarras e assustadoras da vida real” (disponível em https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/08/conheca-historia-de-5-seitas-bizarras-e-assustadoras-da-vida-real.html; acesso em 26 nov. 2020). 3. “seita”, Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. 4. “seita”, Novo dicionário Aurélio (edição eletrônica). 5. “seita”, Dicionário Priberam (disponível em https://dicionario.priberam.org/seita; acesso em 26 nov. 2020.) 6. Veja Richard Abanes, Defending the faith (Grand Rapids: Baker, 1997), p. 31. 7. Richard Abanes, Defending the faith, p. 33. 8. Richard Abanes, Defending the faith, p. 34. 9. Janis Hutchinson, Out of the cults and into the church (Grand Rapids: Kregel, 1994); David Johnson e Jeff VanVonderen, The subtle power of spiritual abuse (Minneapolis: Bethany House, 1991); e Ron e Vicki Burks, Damaged disciples (Grand Rapids: Zondervan, 1992). 10. Veja American Bar Association’s Commission on Mental and Physical Disability Law, “Cults in American society: a legal analysis of undue influence, fraud, and misrepresentation”, Cultic Studies Journal 12:1 (1995), p. 1-48; e David J. Bardin, “Psychological coercion and human rights: mind control (brainwashing) exists”, Cult Abuse Policy and Research (April 19, 1994), p. 1-19. Esta última obra inclui trechos das decisões dos juízes Brennan e Marshall no caso United States v. Kozninski, 487 U.S., 931,953,955-56 (1988), em especial o comentário de que “certos meios de coação psicológicos, econômicos e sociais podem ser tão eficazes quanto meios físicos ou legais, em particular quando as vítimas são especialmente vulneráveis. … Fraqueza resultante de falta de alimentação, sono e cuidado médico podem destruir a vontade de resistir. Hipnose, chantagem, fraude, engano e isolamento também são exemplos ilustrativos” (p.9). 11. Robert J. Lifton, “Thought reform and the psychology of totalism” (University of North Carolina Press, Chapel Hill, 1989), p. 419-437. Um resumo do pensamento de Liftin está disponível em https://culteducation.com/brainwashing/26424-thought-reform-and-the-psychology-of-totalism.html, acesso em 26 nov. 2020. Além de Lifton, a dra. Margaret Singer, professora emérita da Universidade da Califónria, câmpus de Berkeley, tem ajuda milhares de ex-membros de seitas. Em artigo escrito junto com R. Ofshe, ela oferece uma lista útil de condições pessoais que desencadeiam a influência indevida e prejudicial de seitas: “Thought reform programs and the production of psychiatric casualties”, Psychiatric Annals 20 (1990), p. 188-193. 12.Philip G. Zimbardo, “What messages are behind today’s cults?”, APA Monitor (maio de 1997), p. 14. 13. Flavil Yeakley Jr., “A psychological study”. In: Flavil Yeakley Jr. et al., The discipling dilemma (Nashville: Gospel Advocate, 1988), 23-38. Esse livro está disponível em http://www.somis.org/TDD-01.html, acesso em 26 nov. 2020. 14. “Cerinthians”, Everett F. Harrison, org., Baker’s dictionary of theology (Grand Rapids: Baker, 1960). 15. Bruce R. McConkie, Mormon doctrine (Salt Lake City: Bookcraft, 1966), p. 237-239, 669-671. 16. A descrição do Jesus adventista e da salvação adventista se baseia principalmente na postagem “Five flaws of Adventism”, de ACTheologian, 30 ago. 2015 (disponível em https://actheologian.com/2015/08/30/five-flaws-of-adventism/, acesso em 26 nov. 2020). |