RESUMO |
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Ellen White rejeitava a Trindade
Você está prestes a ler uma postagem com muitas citações de Ellen White, feitas com um propósito: provar que a Ellen rejeitava a Trindade.
Essa é uma questão crucial para os adventistas de hoje. É que eles estão divididos sobre o assunto. A minoria, que já foi a imensa maioria no passado, acha que a Ellen não aceitava a Trindade. E a maioria tem arrepio só de pensar que a profetisa pudesse ter sido antitrinitária.
É que isso criaria uma baita dificuldade para explicar como a profetisa dos adventistas poderia ter mudado de opinião, pois a crença oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia é que Ellen White foi inspirada por Deus. Afinal, como uma pessoa inspirada por Deus poderia mudar de ideia.
Para facilitar o entendimento, a postagem está dividida em quatro grandes blocos:
- Os ensinos antitrinitários de Ellen White
- Advertências feitas por Ellen White
- Orientações de Ellen White
- James White confirma o antitrinitarismo da esposa
Os ensinos antitrinitários de Ellen White
Só o Pai e o Filho são Deus
Segue o primeiro texto de Ellen White:
“Apenas o Pai e o Filho devem ser exaltados.”1
Comentário: Repare que a Ellen não disse que o Pai, o Filho e o Espírito Santo devem ser exaltados. Ela excluiu o Espírito Santo! Repare que ela disse isso em 1898. Muitos adventistas acreditam que a essa altura ela já era trinitária.
“Apenas Deus e Cristo sabem o quanto custaram as almas dos homens.”2
“Será que alguém consegue imaginar a condescendência de Deus ao preparar o banquete do evangelho e o grande custo disso e tratar o convite com pouco caso? Ninguém, nem mesmo o anjo mais elevado, consegue calcular o grande custo. Apenas o Pai e o Filho sabem o custo.”3
Comentário: O que lemos acima é que, para a Ellen White, Espírito Santo não faz a mínima ideia de quanto custou para Jesus Cristo sua morte na cruz para redimir as pessoas.
“O único ser que era um só com Deus viveu a lei como ser humano.”4
Comentário: Jesus era um só com Deus. O Espírito Santo está fora.
“Cristo … era um só com o Pai eterno — um só na natureza, no caráter e no propósito —, o único ser em todo o universo que podia penetrar todos os pensamentos e propósitos de Deus.“5
“Deus informou a Satanás que revelaria seus propósitos secretos apenas a seu Filho.”6
Comentário: Para a Ellen, apenas o Filho conhecia os pensamentos e propósitos do Pai. O Espírito Santo não ficou sabendo.
Só o Pai e o Filho envolvidos na criação do homem
“O Pai e o Filho se envolveram na obra poderosa e maravilhosa que haviam imaginado que era criar o mundo. … Depois da terra ser criada e depois de animais serem criados nela, o Pai e o Filho executaram seu propósito, que tiveram antes da queda de Satanás, de fazer o homem à imagem deles mesmos. … E agora Deus disse a seu Filho: ‘Façamos o homem à nossa imagem’.“7
Comentário: A Bíblia conta que o Espírito Santo participou da criação: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. … e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gênesis 1.2). Mas aqui a Ellen White diz que o Espírito Santo ficou de fora pelo menos da criação do homem.
Só o Pai e o Filho envolvidos no plano de salvação
“O plano de redenção foi planejado nas deliberações entre o Pai e o Filho.”8
“Nem mesmo anjos tiveram permissão de participar das deliberações entre o Pai e o Filho, quando o plano de salvação foi feito.”9
“O plano de salvação elaborado pelo Pai e pelo Filho será um grande sucesso.”10
“Antes da queda do homem, o Filho de Deus havia se juntado ao seu Pai no estabelecimento do plano de salvação.”11
“O grande plano de redenção foi estabelecido antes da fundação do mundo. E Cristo, nosso substituto e penhor, não ficou sozinho na maravilhosa empreitada de resgate do homem. No plano de salvar um mundo perdido, a deliberação foi entre os dois; a aliança de paz foi entre o Pai e o Filho.”12
Comentário: Em todas os trechos acima, a Ellen deixa claro que o Espírito Santo não participou da elaboração do plano de salvação.
Cristo e Satanás tinham o mesmo nível de importância
“Embora alguns dos anjos tenham se juntado a Satanás na sua rebelião, outros argumentaram com ele para dissuadi-lo de seus propósitos, defendendo a honra e sabedoria de Deus de dar autoridade a seu Filho. Insistindo, Satanás questionou por que Cristo, e não ele, havia recebido poder ilimitado e autoridade tão elevada! Ele se levantou orgulhoso e insistiu que devia ser igual a Deus. […] Por fim, todos os anjos são convocados a comparecer perante o Pai, para que o caso de cada um seja decidido. Sem nenhum constrangimento, Satanás revela a toda a família celestial sua insatisfação com o fato de Cristo, e não ele, ter sido preferido para estar em conversa tão íntima com Deus e com o fato de ele, Satanás, não ser informado do resultado dos frequentes diálogos dos dois. Deus informa a Satanás de que isso ele jamais poderá saber, que revelará seus propósitos secretos ao seu Filho e que toda a família do céu, até mesmo Satanás, estava obrigada a prestar a obediência absoluta. Satanás expressa abertamente sua rebelião e aponta para um grande grupo que acha que Deus está sendo injusto em não exaltá-lo para ser igual a Deus e em não lhe dar autoridade acima da de Cristo. Ele declara que não pode se submeter à autoridade de Cristo, mas obedecerá apenas às ordens de Deus“.13
Comentário: Ao declarar que “Satanás questionou por que Cristo, e não ele, havia recebido poder ilimitado e autoridade tão elevada”, Ellen White revela sua crença de que Jesus nem sempre foi Deus, mas que o Pai o escolheu para ter essa posição exaltada. Para a Ellen, só em algum momento no passado é que Cristo recebeu “poder ilimitado e autoridade tão elevada”. Em outras palavras, Deus poderia ter escolhido Satanás!
E isso aconteceu em algum momento quando os anjos já existiam. Ou seja, Cristo nem sempre foi Deus. Só começou a sê-lo depois da criação dos anjos.
Outra indicação de que a Ellen não considerava que Cristo era Deus eterno é que Satanás declara que “não pode se submeter à autoridade de Cristo, mas obedecerá apenas às ordens de Deus”. Para a Ellen, Cristo tinha menos autoridade que o Pai.
Espírito Santo segundo Ellen White
O Espírito Santo é Jesus Cristo
“Limitado pela natureza humana, Cristo não poderia estar pessoalmente em cada lugar. Por esse motivo, era absolutamente melhor para eles que ele os deixasse, fosse para seu Pai e enviasse o Espírito Santo como seu sucessor na terra. O Espírito Santo é o próprio Cristo, despojado da personalidade humana e independente dela. Por meio de seu Santo Espírito, ele se apresentaria em todos os lugares como o onipresente.”14
“Queremos o Espírito Santo, o qual é Jesus Cristo.”15
“Quando os membros do povo de Deus entenderem que são o templo do Espírito Santo, o próprio Cristo habitando neles, eles claramente revelarão Cristo em espírito, palavras e ações.”16
Comentário: Fica claro que, no pensamento da Ellen White, o Espírito Santo não é outra pessoa, mas o próprio Jesus Cristo. Também é com esse sentido que devem ser interpretadas as seguintes afirmações:
“O Espírito Santo é o Espírito de Cristo; é o seu representante.”17
“Cristo deixou seu Espírito Santo ser seu representante no mundo.”18
“O Espírito Santo é o Espírito de Cristo.”19
Jesus Cristo é o Consolador
“Que eles estudem o capítulo 17 de João e aprendam a orar e a viver a oração de Cristo. Ele é o Consolador.”20
“Enquanto pela fé olhamos para Jesus, nossa fé atravessa a escuridão e adoramos a Deus por seu maravilhoso amor em dar Jesus, o Consolador.”21
“Cristo tem de ser conhecido pelo bendito nome de Consolador.”22
“O Salvador é nosso Consolador. Isso eu demonstrei que ele é.”23
“As noites são longas e dolorosas, mas Jesus é meu Consolador e minha esperança.”24
“Não há nenhum consolador como Cristo, tão terno e tão verdadeiro. Ele se sente tocado pelas nossas enfermidades. Seu Espírito fala ao coração. … A influência do Espírito Santo é a vida de Cristo na alma.”25
“Cristo é tudo para aqueles que o recebem. Ele é seu Consolador, sua segurança, sua saúde. Sem Cristo não há luz alguma.”26
Comentário: São passagens e mais passagens que identificam Jesus com o Consolador. Só que tem um problema: em João 14.17 as palavras de Jesus aos discípulos são “e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”.
Jesus prometeu prometeu outro Consolador, o que significa que os discípulos já tinham um consolador, a saber, o próprio Jesus, que estava presente no meio deles. Mas Jesus iria embora e, por isso, enviaria outro Consolador. Essa palavrinha “outro” é muito importante porque mostra que o Espírito Santo não pode ser Jesus.
O Espírito Santo é mero poder e influência
“Cristo deu seu Espírito como um poder divino.”27
“Ao contrário do que aconteceu com os primeiros discípulos de Cristo, não podemos estar pessoalmente com Cristo, mas Ele enviou seu Espírito Santo para nos dirigir a toda a verdade, e por meio desse poder nós também podemos dar testemunho do Salvador.”28
“Você deve mostrar a influência controladora do poder de Deus no coração humano. Deus nos ajude para que sejamos santificados por meio da verdade e para que essa santificação, tal como fermento, influencie aqueles ao nosso redor — não com o fermento da malícia, não com o fermento do ciúme, não com o fermento da desconfiança, mas com o fermento do espírito de Jesus Cristo, o qual é enviado do céu, chamado Espírito Santo, e esse Espírito afeta o coração e o caráter.”29
“O Espírito divino que o Redentor do mundo prometeu enviar é a presença e o poder de Deus.“30
Comentário: Ellen associa o Espírito Santo ao poder, à presença e à influência controladora de Deus. Fica claro que ela entendia o Espírito Santo não como alguém, mas como algo.
O Espírito Santo não tem vida própria.
Era o ano de 1891, e o irmão Chapman havia chegado à estranha conclusão de que o Espírito Santo era o anjo Gabriel. No dia 11 de junho daquele ano Ellen White escreveu ao irmão Chapman acerca da crença desse irmão:
“Suas ideias sobre os dois assuntos que você menciona não estão em harmonia com a luz que Deus me deu. A natureza do Espírito Santo é um mistério que não foi claramente revelado, e você jamais conseguirá explicá-la a outros porque o Senhor não a revelou para você. Você pode reunir passagens das Escrituras e dar sua interpretação a elas, mas a aplicação não está correta. … Não é essencial que você saiba e consiga definir exatamente o que o Espírito Santo é. … Espero que você procure estar em harmonia com o corpo. … você precisa estar em harmonia com os irmãos.”31
Comentário: Há um detalhe importantes nas palavras acima da Ellen White. Primeiro, ela menciona a “natureza do Espírito Santo”. O Dicionário Houaiss oferece a seguinte definição de “natureza”: “combinação específica das qualidades originais, constitucionais ou nativas de um indivíduo, animal ou coisa”.32
Quais seriam, então, essas “qualidades originais, constitucionais ou nativas” do Espírito Santo? Se ele é Deus, então a qualidade principal é sua divindade. Nesse caso, a natureza do Espírito Santo é divina.
Mas a Ellen afirma que não é “essencial … definir exatamente o que o Espírito Santo é”. Note que ela não diz “definir … quem o Espírito Santo é”, mas “definir … o que o Espírito Santo é”. Isso revela que a Ellen não considerava o Espírito de Deus uma pessoa, mas uma coisa.
Se eu perguntar “quem você é?“, o sentido é um. Mas se perguntar “o que você é?“, o sentido é outro.
“Por que não deveríamos nos prostrar diante do trono da graça divina, orando para que o Espírito de Deus seja derramado sobre nós da mesma maneira como isso [o Espírito Santo] foi derramado sobre os discípulos? A presença disso [do Espírito Santo] suavizará nosso coração duro e nos encherá de alegria e regozijo, transformando-nos em canais de bênção. O Senhor faria com que cada um de seus filhos fosse rico na fé, e essa fé é o fruto da operação do Espírito Santo na mente. Isso [o Espírito Santo] habita em cada alma que queira receber isso [o Espírito Santo], falando aos impenitentes com palavras de advertência, e apontando-lhes Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Isso [o Espírito Santo] faz com que a luz brilhe nas mente daqueles que procuram cooperar com Deus, dando-lhes eficiência e sabedoria para realizar Sua obra. O Espírito Santo nunca deixa desamparada uma alma que está olhando para Jesus. Isso [o Espírito Santo] pega as coisas de Cristo e as mostra àquele que busca.”33
Comentário: A citação é longa, mas necessária. Se você prestar atenção, verá que Ellen White usou cinco vezes a palavra “isso” e uma vez a palavra “disso” para se referir ao Espírito Santo. Escrevendo em inglês, ela usa os pronomes neutros “it” e “its” em sua referência ao Espírito Santo. Na língua inglesa esses pronomes se referem a coisas, a objetos, a seres inanimados.
Quando alguém quer se referir a uma pessoa do sexo masculino, usa os pronomes “he” (= “ele”) e “his” (“dele”); se for a uma pessoa do sexo feminino, usa “she” (= “ela”) e “her” (“dela”).
Jamais alguém chama um homem ou uma mulher de “it”. Seria o mesmo que, em português, chamar alguém de “isso”. Podemos dizer “ele aprendeu a dirigir”, mas jamais “isso aprendeu a dirigir”, a não ser, é claro, que queiramos falar com desprezo ou ofender.
A conclusão lógica é que, para a Ellen White, o Espírito Santo não tinha vida própria.
Ellen White destaca anjos em detrimento do Espírito Santo
“Pelo poder do amor divino, mediante a obediência o homem caído, que é um verme do pó, há de ser transformado, preparado para ser membro da família celeste, um companheiro por toda a eternidade de Deus e Cristo e os santos anjos.”34
Comentário: Por que os anjos foram mencionados, mas o Espírito Santo não foi?
Advertências feitas por Ellen White
Contra ideias diferentes sobre Deus
“Havia aqueles que eram ativos na disseminação de ideias falsas acerca de Deus. Recebi luz de que, com seus falsos ensinamentos, esses homens estavam impedindo a verdade de causar impacto. Fui instruída que eles estavam desencaminhando almas, ao apresentarem teorias especulativas sobre Deus. … Esse é apenas um dos casos em que fui chamada a repreender aqueles que estavam apresentando a doutrina de um Deus impessoal que permeia toda a natureza e também erros parecidos.“35
Comentário: A Ellen White sentiu o dever de repreender pessoas que tinham ideias panteístas sobre Deus “e também erros parecidos”, ou seja, ideias divergentes sobre Deus. Para a Ellen, um dos erros parecidos era a Trindade.
“Deus permitiu que a preciosa luz da verdade brilhasse sobre sua Palavra e iluminasse a mente do meu marido. Mediante sua pregação e ensino, ele poderá refletir em outros os raios de luz provenientes da presença de Jesus.”36
Comentário: Falando sobre James, seu marido, a Ellen White apoia seu ministério de pregação e ensino. Ele era claramente antitrinitário. Se a Ellen tivesse sido trinitária o tempo todo, acaso não teria repreendido o marido, ao invés de apoiá-lo em seu ministério?
Contra mudanças nos princípios fundamentais
“O inimigo das almas tem procurado infiltrar a ideia de que uma grande reforma devia acontecer entre os adventistas do sétimo dia e que essa reforma consistiria em abrir mão das doutrinas que são as colunas de nossa fé e em se empenhar em um processo de reorganização. Se essa reforma acontecesse, qual seria o resultado? Os princípios de verdade que Deus, em sua sabedoria, deu à igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que têm sustentado a obra durante os últimos 50 anos seriam considerados errados. … Livros de uma nova natureza seriam escritos. Um sistema de filosofia intelectual seria introduzido.“37
Comentário: Pessoas estavam tentando introduzir na Igreja Adventista do Sétimo Dia a ideia de que era necessário “abrir mão das doutrinas que são as colunas de nossa fé”. A Ellen adverte que isso levaria ao abandono dos “princípios fundamentais”.
Aqui é importante entender o sentido que a expressão “princípios fundamentais” tinha para os adventistas. A expressão vinha sendo usada por mais de 30 anos, desde a publicação, em 1872, do folheto Declaração de princípios fundamentais ensinada e praticada pelos Adventistas do Sétimo Dia, composta de 25 afirmações escritas, em sua maior parte, por James White.38
Esse texto, que passou a ser conhecido pelo título mais curto de Princípios fundamentais, era uma declaração sobre as crenças adventistas, a qual, entre outras coisas, estabelecia uma clara base não trinitária e não continha o termo Trindade. Nesse texto o Espírito Santo também é chamado de “it” (= “isso”). Os Princípios fundamentais foram republicados várias vezes, pelo menos até 1914.
Então, quando Ellen White usa a palavra “princípios fundamentais”, ela está indicando aquele conjunto de crenças aceitas pelos adventistas do século 19.
“Imploro àqueles que estão trabalhando para Deus que não aceitem aquilo que é espúrio em lugar daquilo que é autêntico. … Que teorias errôneas não recebam aprovação por parte daqueles que devem estar firmes na plataforma da verdade eterna. Deus nos convoca a segurar firmemente os princípios fundamentais, que se baseiam em autoridade inquestionável.”39
“Aos adventistas do sétimo dia têm sido insistentemente apresentadas mensagens de todo tipo e espécie para substituírem a verdade que, ponto a ponto, foi procurada com estudo e oração e foi testificada pelo poder miraculoso do Senhor. Mas os marcos que fizeram de nós aquilo que somos devem ser preservados e serão preservados, pois Deus indicou isso por meio de sua palavra e do testemunho de seu Espírito. Ele nos convoca a segurar firmemente, com as garras da fé, os princípios fundamentais, que se baseiam em autoridade inquestionável.“40
“Nós, como povo, devemos permanecer firmes na plataforma da verdade eterna, a qual tem resistido à prova e à tribulação. Devemos nos apegar às seguras colunas de nossa fé. Os princípios de verdade que Deus nos revelou são nosso único verdadeiro fundamento. Eles fizeram de nós aquilo que somos. A passagem do tempo não diminuiu o valor desses princípios.”41
Comentário: A Ellen percebe que algumas crenças estranhas aos “princípios fundamentais” começavam a circular no ambiente adventista, por isso, nos três textos acima, ela insiste em que os adventistas se apeguem àqueles princípios.
Contra distorcerem o que ela escreveu
“Há alguns que, tendo aceitado teorias erradas, se esforçam para confirmá-las e, para isso, tiram de meus escritos declarações verdadeiras, as quais eles usam, mas as separam do devido contexto e as distorcem mediante a associação com o erro.”42
Comentário: A Ellen White denuncia aqueles que tinham crenças diferentes daquelas encontradas nos princípios fundamentais e vinham usando os escritos da profetisa para justificar suas ideias. A Ellen reclama que aquilo que ela havia escrito era tirado do contexto e distorcido.
Orientações de Ellen White
Orientação nº 1: Apegar-se aos princípios fundamentais
“Muitos de nosso povo não percebem a firmeza com que foi estabelecido o alicerce de nossa fé. Meu marido, o ancião Joseph Bates, o pai Pierce, o ancião Hiram Edson e outros que eram dedicados, nobres e verdadeiros, estavam entre aqueles que, depois que 1844 passou, procuraram a verdade como se procurassem um tesouro escondido… Quando, em seu estudo, chegavam à situação de dizer ‘Não conseguimos fazer mais nada’, o Espírito do Senhor vinha sobre mim, eu era arrebatada em visão e recebia uma explicação clara das passagens que estávamos estudando, com instruções de como deveríamos trabalhar e ensinar de maneira eficaz. Assim, recebemos luz que nos ajudou a entender as escrituras a respeito de Cristo, sua missão e seu sacerdócio. Recebi com clareza uma linha de verdades que se estende desde aquele tempo até o momento em que entraremos na cidade de Deus, e eu dei a outras pessoas a instrução que o Senhor havia me dado.”43
Comentário: Na passagem acima a Ellen White conta como ela, o marido e outros pioneiros se dedicaram a descobrir a verdade.
“E agora, depois de meio século de recebermos da Palavra uma luz clara quanto ao que é verdade, estão surgindo muitas teorias falsas para confundir as mentes. Mas as provas que recebemos em nossa experiência inicial têm hoje a mesma força que tinham então. A verdade é a mesma de sempre, e nem uma só coluna — pequena ou grande — pode ser movida da estrutura da verdade. O que foi buscado e extraído partir da Palavra em 1844, 1845 e 1846 continua, em cada detalhe, sendo a verdade hoje em dia.“44
Comentário: Ellen comentou o surgimento de “muitas teorias falsas” que trazem confusão à mente. E, em seguida, afirma que considerava válidas até mesmo as crenças a que os pioneiros haviam chegado lá em 1844, 1845 e 1846. Isso deixa claro que as verdades mais antigas estavam sendo questionadas.
Mas fica claro que, para a Ellen, o entendimento da verdade não muda. Apenas pode sofrer acréscimos. Em outras palavras, não se pode abrir mão das crenças a que os pioneiros chegaram, as quais costumavam ser chamadas de “princípios fundamentais”.
“Se somos os mensageiros designados pelo Senhor, não apareceremos com novas ideias e teorias para contradizer a mensagem que desde 1844 Deus têm dado por meio de seus servos. Naquele tempo, muitos buscaram o Senhor com o coração, a alma e a voz. Os homens que Deus levantou buscavam diligentemente nas Escrituras. E aqueles que hoje afirmam ter luz e contradizem os ensinos dos mensageiros ordenados por Deus — os quais estavam trabalhando sob a orientação do Espírito Santo —, aqueles que suscitam novas teorias, as quais removem as colunas de nossa fé, não estão fazendo a vontade de Deus, mas trazendo falácias de sua própria invenção, que, caso sejam aceitas, farão com que as amarras que prendem a igreja ao ancoradouro da verdade sejam cortadas e com que eles, estando à deriva, sejam levados cada vez mais longe para onde receberão quaisquer sofismas que possam surgir.”45
Comentário: Aqui a Ellen repete a preocupação do texto anterior: estavam surgindo pessoas com crenças diferentes daquelas que, desde 1844, os pioneiros abraçavam.
Orientação nº 2: os novos devem ler os pioneiros
“Quando o poder de Deus dá testemunho daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como verdade. … Deus nos deu, como fundamento de nossa fé, a verdade para este tempo. Ele mesmo nos ensinou o que é a verdade. … Ainda estão vivos uns poucos daqueles que passaram pela experiência obtida no estabelecimento dessa verdade. Deus graciosamente poupou a vida deles para que contem, vez após vez, até o final de suas vidas, a experiência pela qual passaram, assim como aconteceu com o apóstolo João até bem o final de sua vida. E os porta-estandartes que morreram devem falar por meio da reimpressão de seus escritos. Fui instruída de que, dessa maneira, suas vozes devem ser ouvidas. Eles devem dar seu testemunho daquilo que constitui a verdade para esta época. … Não devemos receber as palavras daqueles que vêm com uma mensagem que contradiz os pontos especiais de nossa fé.”46
Comentário: Ellen White estava preocupada que viessem a ocorrer mudanças nos “pontos especiais da fé” adventista. Por esse motivo declara que os textos dos pioneiros devem ser reimpressos e, obviamente, lidos e estudados.
“Deus me deu luz sobre nossas revistas. Qual é essa luz? — Ele disse que os mortos devem falar. Como? — Suas obras os seguirão. Devemos, em nossa obra, repetir as palavras dos pioneiros, que sabiam o quanto custou procurar a verdade como se fosse um tesouro escondido e labutaram para lançar o alicerce de nossa obra. Eles avançaram passo a passo sob a influência do Espírito de Deus. Um a um esses pioneiros estão falecendo. A palavra que me foi dada é: que seja reimpresso aquilo que esses homens escreveram no passado.“47
Comentário: Aqui Ellen White é bem específica e diz que até mesmo artigos escritos pelos pioneiros e publicados nas revistas adventistas deviam ser republicados. E a maioria dos pioneiros rejeitava a Trindade, conforme demonstrado na postagem Pioneiros adventistas rejeitavam a Trindade.
James White confirma antitrinitarismo da esposa
“Convidamos todos a compararem com a palavra de Deus os testemunhos do Espírito Santo dados por meio da sra. White. E, quanto a isso, não convidamos vocês a compararem com aquilo em que cada um crê. Isso é coisa totalmente diferente. O trinitário pode comparar os testemunhos com seu credo e, por discordar deles, condená-los. Aquele que guarda o domingo ou aquele que considera o tormento eterno uma verdade importante ou o pastor que asperge criancinhas, como se isso fosse batismo — cada um poderá condenar os testemunhos da sra. White por que esses testemunhos não estão em harmonia com as ideias peculiares dessa pessoa. … Mas a autenticidade dos testemunhos não pode jamais ser testada dessa maneira.”48
Comentário: James White está declarando que cada um tem suas “ideias peculiares”, isto é, suas ideias próprias. É o caso dos trinitários, dos que guardam o domingo, dos que batizam crianças, etc.
Para James White bastava essas pessoas, mesmo aqueles que criam na Trindade, estudarem a Bíblia à luz dos “testemunhos do Espírito Santo dados por meio da sra. White”, que elas reconheceriam seus erros.
Conclusão
Nesta postagem deixei a Ellen White falar à vontade. Ela falou muito mais do que eu. Fiz apenas breves comentários.
Diante de tudo o que a Ellen escreveu, fica óbvio que a IASD, ao mudar de uma posição antitrinitária para uma trinitária, negou aquela que era sua crença inicial.
Para entender melhor como a Igreja Adventista do Sétimo Dia mudou da rejeição para a aceitação da doutrina da Trindade, leia a postagem Adventistas-raiz x adventistas-nutella, que apresenta ano a ano como isso aconteceu.
Para refletir
- Qual das afirmações acima da Ellen White é a mais forte contra a doutrina da Trindade? Por quê?
- Indique alguma contradição que você enxergou nos escritos da Ellen citados acima.
- Qual parece ser o maior receio da Ellen e que sugestão ela dá para evitar isso?
NOTAS |
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1. Original: “The Father and the Son alone are to be exalted.” (The Youth’s Instructor, edição de 7 de julho de 1898; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/469.2960; acesso em 19 ago. 2020.) 2. Original: “God and Christ alone know what the souls of men have cost.” (The Signs of the Times, edição de 13 de janeiro de 1909; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/820.2020555; acesso em 19 ago. 2020.) 3. Original: “Can anyone consider the condescension of God in preparing the gospel feast, and its great cost, and treat the invitation slightingly? No man, nor even the highest angel, can estimate the great cost; it is known alone to the Father and the Son.” (The Bible Echo, edição de 28 de outubro de 1895; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/459.975; acesso em 19 ago. 2020.) 4. Original: “The only Being who was one with God lived the law in humanity.” (The Signs of the Times, edição de 14 de outubro de 1897; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/820.14642; acesso em 19 ago. 2020). 5. Original: “Christ … was one with the eternal Father, — one in nature, in character, and in purpose, — the only being in all the universe that could enter into all the counsels and purposes of God.” (The great controversy [O grande conflito], p. 493.) 6. Original: “God informed Satan that to his Son alone he would reveal his secret purposes.” (The Signs of the Times, edição de 9 de janeiro de 1879; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/820.1309; acesso em 19 ago. 2020.) 7. Original: “The Father and the Son engaged in the mighty, wondrous work they had contemplated, of creating the world. … After the earth was created, and the beasts upon it, the Father and Son carried out their purpose, which was designed before the fall of Satan, to make man in their own image. … And now God said to His Son, ‘Let us make man in our image’.” (The spirit of prophecy, vol. 1, p. 24-25.) 8. Original: “The plan of redemption was arranged in the councils between the Father and the Son.” (The Review and Herald, edição de 28 de maio de 1908; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/821.28927; acesso em 19 ago. 2020). 9. Original: “Even the angels were not permitted to share the counsels between the Father and the Son when the plan of salvation was laid.” (Testimonies for the church [Testemunhos para a igreja], vol. 8, p. 279.) 10. Original: “The plan of salvation devised by the Father and the Son will be a grand success.” (The Signs of the Times, edição de 17 de junho de 1903; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/820.18631; acesso em 19 ago. 2020.) 11. Original: “Before the fall of man, the Son of God had united with his Father in laying the plan of salvation.” (The Review and Herald, edição de 13 de setembro de 1906; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/821.27178; acesso em 19 ago. 2020.) 12. Original: “The great plan of redemption was laid before the foundation of the world. And Christ, our Substitute and Surety, did not stand alone in the wondrous undertaking of the ransom of man. In the plan to save a lost world, the counsel was between them both; the covenant of peace was between the Father and the Son.” (The Signs of the Times, edição de 23 de dezembro de 1897; disponível em https://m.egwwritings.org/es/book/820.14799; acesso em 19 ago. 2020.) 13. Original: “While some of the angels joined Satan in his rebellion, others reasoned with him to dissuade him from his purposes, contending for the honor and wisdom of God in giving authority to his Son. Satan urged, for what reason was Christ endowed with unlimited power and such high command above himself! He stood up proudly, and urged that he should be equal with God. […] At length all the angels are summoned to appear before the Father, to have each case decided. Satan unblushingly makes known to all the heavenly family, his discontent, that Christ should be preferred before him, to be in such close conference with God, and he be uninformed as to the result of their frequent consultations. God informs Satan that this he can never know. That to his Son will he reveal his secret purposes, and that all the family of Heaven, Satan not excepted, were required to yield implicit obedience. Satan boldly speaks out his rebellion, and points to a large company who think God is unjust in not exalting him to be equal with God, and in not giving him command above Christ. He declares he cannot submit to be under Christ’s command, that God’s commands alone will he obey.” (Spiritual Gifts, vol. 3, p. 37). 14. Original: “Cumbered with humanity, Christ could not be in every place personally; therefore it was altogether for their advantage that he should leave them, go to His father, and send the Holy Spirit to be His successor on earth. The Holy Spirit is himself, divested of the personality of humanity, and independent thereof. He would represent Himself as present in all places by his Holy Spirit, as the Omnipresent.” (Carta 119, 18 de fevereiro de 1895; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/5294.1; acesso em 19 ago. 2020.) 15. Original: “We want the Holy Spirit, which is Jesus Christ.” (Carta 66, 10 de abril de 1894; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/6785.1; acesso em 19 ago. 2020.) 16. Original: “When God’s people take the position that they are the temple of the Holy Ghost, Christ himself abiding within, they will so clearly reveal Him in spirit, words and actions.” (Manuscrito 100, 1902; disponível em https://m.egwwritings.org/es/book/10098.1; acesso em 19 ago. 2020.) 17. Original: “The Holy Spirit is the Spirit of Christ; it is His representative.” (Manuscript releases, vol. 13, p. 313.) 18. Original: “Christ has left his Holy Spirit to be his representative in the world.” Carta 84, 22 de outubro de 1895; disponível em https://m.egwwritings.org/es/book/6954.1; acesso em 19 ago. 2020.) 19. Original:“The Holy Spirit is the Spirit of Christ.” (Manuscript releases, vol. 14, p. 84.) 20. Original: “Let them study the seventeenth of John, and learn how to pray and how to live the prayer of Christ. He is the Comforter.” (The Review and Herald, edição de 27 de janeiro de 1903; disponível em https://m.egwwritings.org/pl/book/821.22479; acesso em 19 ago. 2020.) 21. Original: “As by faith we look to Jesus, our faith pierces the shadow, and we adore God for His wondrous love in giving Jesus, the Comforter.” (Manuscript releases, vol. 19, p. 297.) 22. Original: “Christ is to be known by the blessed name of Comforter.” (Manuscrito 7, 1902; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/10728.1; acesso em 19 ago. 2020.) 23. Original: “The Saviour is our Comforter. This I have proved him to be.” (Manuscript releases, vol. 8, p. 49.) 24. Original: “The nights are long and painful, but Jesus is my Comforter and my Hope.” (Manuscript releases, vol. 19, p. 296.) 25. Original: “There is no comforter like Christ, so tender and so true. He is touched with the feeling of our infirmities. His Spirit speaks to the heart.… The influence of the Holy Spirit is the life of Christ in the soul.” (The Review and Herald, edição de 26 de outubro de 1897; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/821.16305; acesso em 19 ago. 2020.) 26. Original: “Christ is everything to those who receive Him. He is their Comforter, their safety, their healthfulness. Apart from Christ there is no light at all.” (Manuscript releases, vol. 21, p. 372.) 27. Original: “Christ has given his Spirit as a divine power.” (The Review and Herald, edição de 19 de maio de 1908; disponível em https://m.egwwritings.org/es/book/821.24246; acesso em 19 ago. 2020.) 28. Original: “We cannot be with Christ in person, as were His first disciples, but He has sent His Holy Spirit to guide us into all truth, and through this power we too can bear witness for the Saviour.” (Manuscrito 30, 18 de junho de 1900; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/7799.1; acesso em 19 ago. 2020.) 29. Original: “You are to show the controlling influence of the power of God upon the human heart. God help us that we may be sanctified through the truth and that sanctification shall have its influence to leaven those that are around us — not the leaven of malice, not the leaven of jealousy, not the leaven of evil surmisings, but it is the leaven of the spirit of Jesus Christ, which is sent down from heaven, called the Holy Ghost, and that Spirit affects the heart and the character.” (Sermons and talks, vol. 1, p. 209; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/427.880; acesso em 19 ago. 2020.) 30. Original: “The divine Spirit that the world’s Redeemer promised to send, is the presence and power of God.” (The Signs of the Times, edição de 23 de novembro de 1891; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/820.10679; acesso em 19 ago. 2020.) 31. Original: “Your ideas of the two subjects you mention do not harmonize with the light which God has given me. The nature of the Holy Spirit is a mystery not clearly revealed, and you will never be able to explain it to others because the Lord has not revealed it to you. You may gather together scriptures and put your construction upon them, but the application is not correct.… It is not essential for you to know and be able to define just what the Holy Spirit is. … I hope that you will seek to be in harmony with the body. … You need to come into harmony with your brethren.” (Manuscript releases, vol. 14, p. 175, 177-180.) 32. “natureza”, Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, versão 2009. 33. Original: “Why should we not prostrate ourselves at the throne of divine grace, praying that God’s Spirit may be poured out upon us as it was upon the disciples? Its presence will soften our hard hearts, and fill us with joy and rejoicing, transforming us into channels of blessing. The Lord would have every one of His children rich in faith, and this faith is the fruit of the working of the Holy Spirit upon the mind. It dwells with each soul who will receive it, speaking to the impenitent in words of warning, and pointing them to Jesus, the Lamb of God, that taketh away the sin of the world. It causes light to shine into the minds of those who are seeking to co-operate with God, giving them efficiency and wisdom to do His work. The Holy Spirit never leaves unassisted a soul who is looking to Jesus. It takes of the things of Christ, and shows them to the seeker.” (The Signs of the Times, edição de 27 de setembro de 1899; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/820.16127; acesso em 19 ago. 2020.) 34. Original: “By the power of His love, through obedience, fallen man, a worm of the dust, is to be transformed, fitted to be a member of the heavenly family, a companion through eternal ages of God and Christ and the holy angels.” (The upward look [Olhando para o alto], p. 61.) 35. Original: “There were those who were active in disseminating false ideas in regard to God. Light was given me that these men were making the truth of no effect by their false teachings. I was instructed that they were misleading souls by presenting speculative theories regarding God.… This is only one of the instances in which I was called upon to rebuke those who were presenting the doctrine of an impersonal God pervading all nature, and similar errors.” (Testimonies for the church [Testemunhos para a igreja], vol. 8, p. 292-293.) 36. Original: “God has permitted the precious light of truth to shine upon His Word and illuminate the mind of my husband. He may reflect the rays of light from the presence of Jesus upon others by his preaching and writing.” (Testimonies for the church [Testemunhos para a igreja], vol. 3, p. 502.) 37. Original: “The enemy of souls has sought to bring in the supposition that a great reformation was to take place among Seventh-day Adventists, and that this reformation would consist in giving up the doctrines which stand as the pillars of our faith, and engaging in a process of reorganization. Were this reformation to take place, what would result? The principles of truth that God in His wisdom has given to the remnant church, would be discarded. Our religion would be changed. The fundamental principles that have sustained the work for the last fifty years would be accounted as error. … Books of a new order would be written. A system of intellectual philosophy would be introduced.” (Selected messages [Mensagens escolhidas], vol. 1, p. 204-205.) 38. O folheto está disponível em formato PDF em https://www.asitreads.com/s/ADeclarationOfTheFundamentalPrinciples_thoughtAndPracticed_bySda_1872.pdf; acesso em 19 ago. 2020. {link} 39. Original: “I beseech those who are laboring for God not to accept the spurious for the genuine. Let not human reason be placed where divine, sanctifying truth should be. Christ is waiting to kindle faith and love in the hearts of His people. Let not erroneous theories receive countenance from the people who ought to be standing firm on the platform of eternal truth. God calls upon us to hold firmly to the fundamental principles that are based upon unquestionable authority.”(Testimonies for the church [Testemunhos para a igreja], vol. 8, p. 298.) 40. Original: “Messages of every order and kind have been urged upon Seventh-day Adventists, to take the place of the truth which, point by point, has been sought out by prayerful study, and testified to by the miracle-working power of the Lord. But the waymarks which have made us what we are, are to be preserved, and they will be preserved, as God has signified through His word and the testimony of His Spirit. He calls upon us to hold firmly, with the grip of faith, to the fundamental principles that are based upon unquestionable authority.” (Counsels to writers and editors, p. 52.) 41. Original: “As a people we are to stand firm on the platform of eternal truth that has withstood test and trial. We are to hold to the sure pillars of our faith. The principles of truth that God has revealed to us are our only true foundation. They have made us what we are. The lapse of time had not lessened their value.” (Counsels to writers and editors, p. 52.) 42. Original: “There are some, who upon accepting erroneous theories, strive to establish them by collecting from my writings statements of truth, which they use, separated from their proper connection and perverted by association with error.” (Manuscript releases, vol. 5, p. 154.) 43. Original: “Many of our people do not realize how firmly the foundation of our faith has been laid. My husband, Elder Joseph Bates, Father Pierce, Elder Edson, and others who were keen, noble, and true, were among those who, after the passing of the time in 1844, searched for the truth as for hidden treasure. … When they came to the point in their study where they said, ‘We can do nothing more,’ the Spirit of the Lord would come upon me, I would be taken off in vision, and a clear explanation of the passages we had been studying would be given me, with instruction as to how we were to labor and teach effectively. Thus light was given that helped us to understand the scriptures in regard to Christ, His mission, and His priesthood. A line of truth extending from that time to the time when we shall enter the city of God, was made plain to me, and I gave to others the instruction that the Lord had given me.” (Selected messages [Mensagens escolhidas], vol. 1, p. 206.) 44. Original: “And now, after half a century of clear light from the Word as to what is truth, there are arising many false theories, to unsettle minds. But the evidence given in our early experience has the same force that it had then. The truth is the same as it ever has been, and not a pin or a pillar can be moved from the structure of truth. That which was sought for out of the Word in 1844, 1845, and 1846 remains the truth today in every particular.” (Carta 38, de 23 de janeiro de 1906; disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/10181.1; acesso em 19 ago. 2020.) 45. Original: “If we are the Lord’s appointed messengers, we shall not spring up with new ideas and theories to contradict the message that God has given through His servants since 1844. At that time many sought the Lord with heart and soul and voice. The men whom God raised up were diligent searchers of the Scriptures. And those who today claim to have light, and who contradict the teaching of God’s ordained messengers, who were working under the Holy Spirit’s guidance, those who get up new theories, which remove the pillars of our faith, are not doing the will of God, but are bringing in fallacies of their own invention, which, if received, will cut the church away from the anchorage of truth, and set them drifting, drifting, to where they will receive any sophistries that may arise.” (Manuscript releases, vol. 4, p. 247.) 46. Original: “When the power of God testifies as to what is truth, that truth is to stand forever as the truth. … The truth for this time, God has given us as a foundation for our faith. He Himself has taught us what is truth. … A few are still alive who passed through the experience gained in the establishment of this truth. God has graciously spared their lives to repeat and repeat till the close of their lives, the experience through which they passed even as did John the apostle till the very close of his life. And the standard-bearers who have fallen in death, are to speak through the reprinting of their writings. I am instructed that thus their voices are to be heard. They are to bear their testimony as to what constitutes the truth for this time. … We are not to receive the words of those who come with a message that contradicts the special points of our faith.” (Counsels to writers and editors, p. 31-32.) 47. Original: “God has given me light regarding our periodicals. What is it?—He has said that the dead are to speak. How?—Their works shall follow them. We are to repeat the words of the pioneers in our work, who knew what it cost to search for the truth as for hidden treasure, and who labored to lay the foundation of our work. They moved forward step by step under the influence of the Spirit of God. One by one these pioneers are passing away. The word given me is, Let that which these men have written in the past be reproduced…” (Counsels to writers and editors, p. 28.) 48. Original: “We invite all to compare the testimonies of the Holy Spirit through Mrs. W., with the word of God. And in this we do not invite you to compare them with your creed. That is quite another thing. The trinitarian may compare them with his creed, and because they do not agree with it, condemn them. The observer of Sunday, or the man who holds eternal torment an important truth, and the minister that sprinkles infants, may each condemn the testimonies’ of Mrs. W. because they do not agree with their peculiar views. But their genuineness can never be tested in this way.” (James White, “Mutual obligation”, The Review and Herald, edição de 13 de junho de 1871, p. 204; disponível em http://documents.adventistarchives.org/Periodicals/RH/RH18710613-V37-26.pdf; acesso em 19 ago. 2020.) |