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“A volta de Jesus demora só um pouquinho mais”

Postado em 12 de abril de 2020 por Marcio Redondo

Imagem de relógio marcando quase meia noite (Postagem: A volta de Jesus demora só um pouquinho mais)
RESUMO
  • Ellen White profetizou, por volta de 1850, que Jesus estava quase terminando o tal do juízo investigativo.
  • De acordo com a polêmica doutrina adventista do juízo investigativo, em 1844 Jesus teria começado a examinar os pecados dos cristãos.
  • Seis anos depois a Ellen declarou que esse juízo “não [ia] demorar mais do que um pouquinho”. Já se passaram 170 anos desde então.
  • Refutações a algumas alegações adventistas.
  • Quatro perguntas para refletir. A quarta e última: “Que confiança dá para ter em Ellen White?”.

“Só um pouquinho mais”?1

Ellen White, ao que parece, sempre apressada em ver acontecer o fim do mundo, a volta de Jesus, disse que “a volta de Jesus demora só um pouquinho mais”. Suas exatas palavras foram:

Vi que o tempo de Jesus permanecer no Santo dos Santos estava quase terminando e esse tempo não pode demorar mais do que um pouquinho.2

Afirmou isso por volta de 1850. Era uma referência ao juízo investigativo, uma crença peculiar dos adventistas do sétimo dia que é polêmica até mesmo no meio deles.

O que é o juízo investigativo

Se você nunca estudou as doutrinas adventistas, é preciso entender o que é o tal do “juízo investigativo”.

Dito de forma resumida, em 1844 Jesus entrou no Santo dos Santos celeste e, desde então, vem examinando os livros guardados no céu e nos quais estão registrados os pecados de cada crente. Em seguida ele deve voltar.

Como ainda não acabou?

Se 170 anos atrás a Ellen disse que “a volta de Jesus demora só um pouquinho mais”, a pergunta é: como ainda não acabou? Para os adventistas a pergunta acima é sinal de impaciência. Afinal, quem pode querer botar pressa em Deus? Mas, na verdade, o problema é outro.

Vamos entender direito. O juízo investigativo tinha começado 6 anos antes e agora estava “quase terminando” e “não [ia] demorar mais do que um pouquinho”. Mas já se passaram 170 anos desde que ela profetizou isso.

Vamos fazer uma analogia. Digamos que você decide construir uma casa em uma cidade distante, compra um terreno e os materiais e contrata um pedreiro para fazer o serviço. Por causa da distância, não tem como você ir lá acompanhar a construção. Já faz seis anos que ele vem fazendo o serviço. E alguém diz para você que o pedreiro “está quase terminando” e que “é só mais um pouquinho”. Será que 170 anos (agora em 2020) é “só mais um pouquinho”?

Não importa se a doutrina do juízo investigativo é verdadeira ou não. (Para mim não é.) O que isso nos mostra é que não se cumpriu a profecia de que “a volta de Jesus demora só um pouquinho mais”.

Alegações adventistas

Na tentativa de salvar a pele da Ellen White, os adventistas costumam apresentar várias alegações.

“Mas tem 1Tessalonicenses 4.15”

“Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem.” (1Tessalonicenses 4.15)

Mas vamos tentar entender essas palavras do apóstolo aos gentios:

“Paulo não está afirmando que espera estar vivo por ocasião da parúsia [isto é, da volta de Cristo]. Pelo contrário, quando escreveu aquelas palavras, estava simplesmente entre os ‘vivos’, que são contrastados com ‘os que dormem’. Na verdade, o interesse de Paulo não tem nada que ver com quem estará vivo, mas com o simples fato de que, no que diz respeito à parúsia, eles não têm nenhuma vantagem sobre os mortos. Ou, dito de outra forma, estar vivo ou morto é irrelevante quanto à vinda de Cristo.”3

Essa interpretação de Gordon Fee é confirmada por aquilo que o apóstolo Paulo escreve na mesmíssima carta:

“[Cristo] morreu por nós para que, quer nós vigiemos, quer nós durmamos, vivamos em união com ele.” (1Tessalonicenses 5.10)

Em outras palavras, Paulo, ao usar o pronome “nós”, está aberto às duas possibilidades: estar vivo por ocasião da vinda de Cristo e já estar morto. Em outras palavras, Paulo não diz nem que estará vivo nem que estará morto quando Jesus voltar. Valem lembrar que “vigiar” é estar atento enquanto aguardamos a vinda de Cristo, e esse é um mandamento do próprio Jesus (Mateus 25.1-13, esp. v. 13).

“Mas tem 1Pedro 4.7”

“Ora, o fim de todas as coisas se aproxima; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações.” (1Pedro 4.7)

Wayne Grudem, que estudou a Primeira Carta de Pedro em profundidade, escreveu o seguinte sobre esse versículo:

“Está próximo o fim de todas as coisas significa que todos os acontecimentos importantes no plano divino de redenção já ocorreram e agora todas as coisas estão prontas para que Cristo volte e reine. Em vez de pensar na história mundial como reis e reinos terrenos, Pedro a vê como ‘história da redenção’. Com base nessa perspectiva, todos os atos anteriores no drama de redenção foram completados – Criação, Queda, o chamado de Abraão, o Êxodo do Egito, o reino de Israel, o Exílio e a volta do Exílio na Babilônia, o nascimento de Cristo, sua vida, morte e ressurreição, sua ascensão ao céu e o derramamento do Espírito Santo para estabelecer a igreja. Quando Pedro escreveu sua carta, o grande ‘último ato’, a era de igreja, havia sido iniciado fazia cerca de trinta anos. Assim, a cortina poderia se fechar a qualquer momento, introduzindo a volta de Cristo e o fim da era. Todas as coisas estão prontas: o fim de todas as coisas (o ‘objetivo’ para o qual ‘todos’ esses acontecimentos estão conduzindo) está próximo.”4

Claro que nem Wayne Grudem nem qualquer estudioso evangélico acredita na bobagem do juízo investigativo. Ou seja, para eles não é preciso acontecer esse tal de juízo investigativo para Jesus, então, voltar. Tudo que tinha de acontecer e que antecede a volta de Cristo, já aconteceu.

“Mas tem Romanos 13.11”

“E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.” (Romanos 13.11)

Esse versículo não apresenta nenhuma dificuldade: a ideia não é de iminência da volta de Jesus, mas de proximidade maior.

Creio que meu caso ajuda a entender o pensamento de Paulo em Romanos 13.11. Eu estou com 67 anos. O fim de todas as coisas está 50 anos mais próximo do que quando eu tinha 17.

“Mas tem Apocalipse 22.20”

“Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22.20)

Nesse versículo de Apocalipse 22 (e também nos versículos 7 e 12) Jesus está falando não da velocidade com que ele vem, mas do caráter repentino,5 conforme deixa claro em algumas parábolas. Vale lembrar como Jesus conclui ou recapitula o ensino da Parábola da Figueira:

“Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.” (Mateus 24.43)

Tal como nas outras passagens bíblicas examinadas acima, também em Apocalipse 22.20 encontramos uma exortação à vigilância!

Para refletir

  1. O que é o juízo investigativo?
  2. Como explicar o “está quase terminando” e “é só mais um pouquinho”, se já se passaram 170 anos?
  3. Que confiança dá para ter em Ellen White?
NOTAS
1. Esta postagem se baseou em “Time setting failures by Ellen G. White”, de Robert K. Sanders, disponível em http://www.truthorfables.com/EGW_Time_Setting.htm, acesso em 8 abr. 2020.

2. Original: “I saw that the time for Jesus to be in the most holy place was nearly finished and that time can last but a very little longer.” (Early writings [Primeiros escritos], p. 58.)

3. Gordon D. Fee, The First and Second Letters to the Thessalonians, série de comentários The New International Commentary on the New Testament (Grand Rapids: Eerdmans, 2009).

4. Wayne Grudem, Comentário bíblico de 1Pedro (São Paulo: Vida Nova, 2016), p. 170-171.

5. Veja também o que Gordon Fee fala sobre Apocalipse 22.7 em Gordon D. Fee, Revelation, série New Covenant Commentary Series (Eugene: Cascade, 2011).
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Categoria da postagem: profecias não cumpridas Etiquetas: Ellen White, profecias não cumpridas, 1844, demora da volta de Jesus, 1850

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