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A cesta de viagem de Ellen White

Postado em 12 de abril de 2020 por Marcio Redondo

Imagem: A cesta de viagem de Ellen White seria possivelmente nesse estilo
RESUMO
  • Em 1880 Ellen White atravessou boa parte dos Estados Unidos de trem e contou a história da viagem na revista da denominação e também em carta a uma sobrinha.
  • Desde 1864 ela já ensinava que as pessoas deviam ser temperantes na alimentação, inclusive se abstendo de carne.
  • Na carta à sobrinha admite que comeu frango durante a viagem.
  • Mas omite esse detalhe em artigo que escreveu para a revista Review and Herald.
  • O problema é fundamentalmente ético, pois a Ellen omite do grande público essa informação e, mais sério ainda, insinua que havia praticado a temperança, levando consigo “cestas de comida bem cheias de fruta e de pão bem cozido”.
  • A última das quatro perguntas para reflexão: “O que as duas versões sobre a mesma história revelam sobre o caráter da Ellen?”.

Uma viagem em 18801

Em 1880 a pessoa mais importante na história do adventismo do sétimo dia atravessou boa parte dos Estados Unidos de trem e contou a história da viagem na revista da denominação e também em carta a sua sobrinha Elizabeth. Uma personagem inconveniente nessa história é uma cesta com alimentos para viagem, a qual Ellen White havia ganhado do pessoal do Sanatório de Battle Creek.

Essa cesta é um problema. Aliás, não é bem a cesta o problema, mas o que havia ali dentro. É que em um artigo na revista Review and Herald ela insinua que a cesta tinha apenas alimentos saudáveis que ela considerava saudáveis, mas numa carta para a sobrinha conta uma história diferente.

Retrocedendo a 1864

Para entender o problema precisamos retroceder até 1864, quando Ellen, numa carta, escreveu:

Você precisa realizar a reforma da saúde em sua vida, negar-se a si mesmo e comer e beber para a glória de Deus. … Você precisa praticar a temperança em tudo. Essa é uma cruz que você tem evitado. Limitar-se a uma dieta simples, que o manterá nas melhores condições de saúde, é uma tarefa para você. Se você tivesse vivido de acordo com a luz que o céu permitiu que brilhasse no seu caminho, sua família poderia ter sido poupada de muito sofrimento. O curso de ação de você trouxe o resultado esperado. Enquanto você continuar nesse curso, Deus não entrará em sua família e, em especial, não o abençoará nem fará um milagre para poupar sua família do sofrimento. Uma dieta simples, livre de especiarias, de carnes e de todo tipo de gordura, seria uma bênção para você e pouparia sua esposa de muito sofrimento, tristeza e desânimo. …2

A carta é clara: àquela altura, isto é, em 1864, Ellen já ensinava que as pessoas deviam se abster de carne.

A história contada à sobrinha

Vamos agora ao que ela disse à sobrinha Elizabeth pouco depois da viagem de 1880:

… Quinta-feira de manhã nos levantamos dos beliches [do carro-leito do trem] revigorados pelo sono. Às oito horas comemos uma porção do frango prensado [?] que nos foi dado pela administradora do Sanatório; pusemos o mesmo em um balde de dois litros e o colocamos no fogão, e assim tivemos um bom caldo quente de frango. A manhã estava muito fria, e esse prato quente estava muito saboroso. …3

Ao contrário da primeira carta citada, a segunda mostra que a Ellen White apreciava um bom caldo de frango, o qual veio, conforme veremos a seguir, numa cesta de viagem.

A história narrada na Review and Herald

Poucos meses depois, em junho daquele ano, a mesma história apareceu na revista Review and Herald. É interessante comparar os dois relatos. Leia o que a Ellen White conta sobre a viagem e repare na orientação sobre o tipo de cesta que todos devem levar quando viajam:

… Quinta-feira ao meio-dia chegamos a Cheyenne, depois de três dias de viagem. … [D]epois de tomarmos o café da manhã preparado com a cesta repleta de comida dada pelos nossos amigos no Sanatório de Battle Creek… Faz dezessete anos que temos tido apenas duas refeições por dia, ao mesmo tempo em que temos estado em trabalho quase ininterrupto. Naquela época [isto é, dezessete anos antes, em 1863], a luz da reforma da saúde raiou sobre nós, e desde então estas perguntas vêm à mente todos os dias: “Estou praticando a verdadeira temperança em tudo?“; “Minha dieta é tão boa que me colocará em condição de realizar o máximo de bem?”. Se não conseguirmos responder afirmativamente a essas perguntas, estaremos condenados diante de Deus, pois ele responsabilizará todos nós pela luz que brilhou em nosso caminho… Já atravessamos as planícies [i.e., os Estados Unidos de um lado a outro] quinze vezes, e recomendamos àqueles que vislumbram essa viagem serem rigorosamente temperantes em todas as coisas. Levem com vocês suas cestas de comida, bem cheias de fruta e de pão bem cozido. Comam em horários regulares, e nada entre as refeições; e, sempre que o trem parar por algum tempo, aproveitem a oportunidade e façam uma rápida caminhada ao ar livre. Procedendo assim, a viagem não só será mais agradável, mas muito mais benéfica para a saúde.4

O problema ético

Dá para entender a dificuldade de Ellen em praticar o que ensinava, a saber, “uma dieta simples, livre… de carnes”. Afinal, abandonar um hábito alimentar não é fácil, especialmente quando já não é mais criança.

Mas o grande problema é ético. Desde 1863 a Ellen White vinha ensinando a necessidade de uma dieta sem carne, mas em 1880 esconde de seus leitores aquilo que havia contado à sobrinha, a saber, que havia comido carne de frango que veio na cesta de viagem que ganhou do pessoal do sanatório, e, pior ainda, insinua que havia praticado a temperança, levando consigo “cestas de comida bem cheias de fruta e de pão bem cozido”.

Para refletir

  1. Ellen White errou quando lhe deram, para uma viagem, uma cesta de comida na qual havia frango?
  2. O que a Ellen estava ensinando já em 1864 sobre comer carne, especiarias e todo tipo de gordura?
  3. Você concorda que o cristão não pode comer pão com manteiga (ou margarina, que também é gordura) nem qualquer tipo de fritura?
  4. O que as duas versões da mesma história (uma contada à sobrinha; outra à denominação) revelam sobre o caráter da Ellen?
NOTAS
1. Esta postagem é resultado de pesquisa que desenvolvi a partir do artigo “Oysters and herrings: did Mrs. White practice what she preached on diet?”, de autoria de Max Chugg e Dirk Anderson. Disponível em https://www.nonsda.org/egw/contra6.shtml, acesso em 6 abr. 2020.

2. Original: “You need to carry out the health reform in your life; to deny yourself and eat and drink to the glory of God. … You need to practice temperance in all things. Here is a cross which you have shunned. To confine yourself to a simple diet, which will preserve you in the best of condition of health, is a task to you. Had you lived up to the light which heaven has permitted to shine upon your pathway, much suffering might have been saved your family. Your own course of action has brought the sure result. While you continue in this course, God will not come into your family, and especially bless you, and work a miracle to save your family from suffering. A plain diet, free from spices, and flesh meats, and grease of all kinds, would prove a blessing to you, and would save your wife a great amount of suffering, grief, and despondence. …” (Testimonies for the Church [Testemunhos para a igreja], vol. 2, p. 45-46).

3. Original: “Thursday morning we arose from our berths refreshed with sleep. At eight o’clock we took a portion of the pressed chicken furnished us by the matron of the sanitarium, put the same in a two-quart pail, and placed it on the stove, and thus we had good hot chicken broth. The morning was very cold and this hot dish was very palatable. …” (carta para irmã Elisabeth, 26 fev. 1880. Disponível em https://m.egwwritings.org/en/book/71.1999#2056. Acesso em 19 jan. 2020).

4. Original: “… Thursday noon we reached Cheyenne, having been three days on our journey. … [A]fter breakfasting from our well-filled lunch-basket provided by our friends at the Battle Creek Sanitarium… For seventeen years we have eaten only two meals a day while engaged in almost incessant labor. At that time the light of health reform dawned upon us, and since that time the questions have come home every day, ‘Am I practicing true temperance in all things?’ ‘Is my diet such as will bring me in a position where I can accomplish the greatest amount of good?’ If we cannot answer these questions in the affirmative, we stand condemned before God, for he will hold us all responsible for the light which has shone upon our path. The time of ignorance God winked at, but as fast as light shines upon us he requires us to change our health-destroying habits, and place ourselves in a right relation to physical law. We have crossed the plains fifteen times, and we would recommend to those contemplating such a journey strict temperance in all things. Take your lunch-baskets with you, well filled with fruits and plainly cooked bread. Eat at regular hours, and nothing between meals; and whenever the train stops for any length of time improve the opportunity by taking a brisk walk in the open air. By so doing, the journey will not only be more enjoyable, but far more beneficial healthwise.” (Review and Herald, “Incidents by the way”, vol. 55 [17 jun. 1880]. Disponível em https://m.egwwritings.org/fr/book/821.3407. Acesso em 19 jan. 2020.)
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Categoria da postagem: hipocrisia Etiquetas: Ellen White, hipocrisia, vegetarianismo, viagem, carne, gordura, 1864

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